17 de março de 2009 | 14h28
Entretanto, a coordenadora do levantamento no Brasil, Simara Grecco, fez um alerta contra a comparação com base anual, evitando dizer que o País caiu da nona para a 13ª posição na relação. De acordo com Simara, houve uma mudança no número de nações pesquisadas entre 2007 e 2008, o que dificulta a confrontação nessa base.
Segundo ela, embora global, a sondagem é executada em cada país, individualmente, por institutos de estudo ou universidades. No Brasil, o estudo foi elaborado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).
Simara prefere o confronto do Brasil com os países-membros do G-20 (os mais ricos e os principais emergentes), que possuem um nível de desenvolvimento semelhante ou superior ao do Brasil.
Neste recorte, o Brasil ficou em terceiro lugar, abaixo apenas da Argentina, que obteve uma taxa de 16,5%, e do México, com 13,1%. "O Brasil já passou pela fase de altas taxas de empreendedorismo, característica de países muito pobres, como Bolívia, Peru e Angola. Nós estamos no mesmo patamar do México, Chile e Uruguai", destacou o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Carlos Barboza. O Sebrae é um dos parceiros na elaboração da pesquisa no País.
Barboza acrescentou que a taxa de empreendedorismo brasileira está também próxima das obtidas pelo Uruguai (11,9%), Chile (13,08%) e Índia (11,49%). O professor Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao comentar o levantamento, chamou a atenção para a correlação entre as taxas de informalidade e empreendedorismo, que, de acordo com dados do Banco Mundial (Bird), são lideradas pelo mesmo país, a Bolívia.
Néri destacou que uma taxa de empreendedorismo elevada pode ser um sinal de pobreza. Na pesquisa GEM, os Estados Unidos figuraram como exceção, apresentando um índice de 10,76%, o que pôs o país em 16º lugar no rol.
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