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Brasil gera mais energia. Mas muito mais cara

Por Leonardo Goy
Atualização:

Entre o início de janeiro e 1.º de agosto deste ano a capacidade de geração de energia elétrica do Brasil foi ampliada em 1.658 megawatts (MW). Com isso, a potência instalada total do País subiu 1,5% e passou a ser de 104.726 MW. O acréscimo, porém, baseia-se principalmente em novas usinas termoelétricas, cuja energia é mais cara. O aumento verificado nos sete primeiros meses deste ano supera em 121% a marca dos 749 MW que entraram no sistema no mesmo período em 2008. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o balancete da Aneel, a maior parte da energia nova que começou a ser gerada neste ano vem de usinas termoelétricas. Ao todo, 24 usinas térmicas começaram a funcionar desde janeiro, com potência total de 1.225 MW. Apenas uma usina hidrelétrica começou a gerar em 2009: a de 14 de julho, no Rio Grande do Sul, com capacidade para 50 MW. Além disso, iniciaram suas atividades neste ano 18 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que são usinas com capacidade para, no máximo, 30 MW. Juntas, elas somaram 301 MW ao sistema. A conta se completa com a inauguração de 14 centrais de energia eólica, que agregaram mais 81,8 MW. Pelos cálculos da Aneel, até o fim do ano devem entrar em funcionamento mais 5.096 MW, sendo que 884 MW virão de hidrelétricas e 3.292 MW por termoelétricas. Outros 639 MW deverão ser acrescentados por PCHs. As centrais de energia eólica deverão contribuir com mais 279 MW até o fim do ano.

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