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Brasil não abrirá mão de interesses nacionais, diz Furlan

CHINA: ECONOMIA DE MERCADO Conseqüências do reconhecimento  A China poderá utilizar regras plenas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que dá direito ao governo chinês ou às empresas chinesas de solicitarem a revisão de processos de antidumping  A possibilidade de restrição à importação de produtos chineses fica reduzida  Os preços das mercadorias chinesas são aceitos como dentro da lei de mercado, aumentando a competitividade do país  Segundo autoridades chinesas, pelo reconhecimento, o Brasil será tratado como país "amigo priotário em destinos de investimentos"

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com o reconhecimento da China como economia de livre mercado, os interesses das empresas brasileiras continuarão a ser defendidos pelo País, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, durante entrevista no Palácio do Planalto, junto com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, nesta sexta-feira. "O Brasil não abre mão das salvaguardas ou da aplicação das regras antidumping", garantiu Furlan, afirmando que a burocracia brasileira estará atenta para a defesa dos interesses dos empresários nacionais. O ministro lembrou também que a mesma situação se deu com a Rússia e o Brasil manteve a defesa de seus interesses junto à OMC. Antes de terem sua economia reconhecida como de livre mercado, Rússia e China eram submetidas a regras especiais. O ministro disse ainda que o reconhecimento dado à China deverá assegurar acesso privilegiado aos consumidores daquele país. A afirmativa, de acordo com Furlan, foi feita pela comitiva chinesa durante as negociações, classificadas pelo ministro como "duras". Segundo ele, foram mais de 20 horas de discussões, só concluídas ao meio-dia desta sexta-feira, para que o Brasil conseguisse a reciprocidade que queria. A formalização do reconhecimento ainda terá que passar pela Câmara de Comércio Exterior e sua oficialização levará algumas semanas. O Brasil é o primeiro grande país a fazer esse reconhecimento, já realizado por países como a Nova Zelândia.

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