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Brasil não costuma fazer acordos sem o Mercosul, diz Furlan

Segundo o ministro, "acordos bilaterais não estão na agenda do governo"

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira, 26, para uma platéia de empresários brasileiros e uruguaios, em Montevidéu, que o governo brasileiro não tem como política fazer acordos bilaterais sem a participação do Mercosul. "Acordos bilaterais não estão na agenda do governo. Não são a definição da política de nosso governo", disse o ministro. Furlan afirmou que a posição do Brasil é de que os acordos de livre comércio devem ser feitos entre o Mercosul e outros blocos econômicos, como Estados Unidos e União Européia. Ele disse que um acordo com os Estados Unidos, por exemplo, que é o maior consumidor do mundo, pode trazer vantagens para as empresas dos países do Mercosul. E garantiu que as conversas entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, no início do mês, em São Paulo, não giraram em torno desse assunto. O ministro informou que a agenda dos dois presidentes, que vão se encontrar novamente no final do mês, em Camp David, nos Estados Unidos, vai tratar da facilitação do comércio, da discussão da Rodada Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC) e do biocombustível. Em várias ocasiões, o Uruguai sinalizou o desejo de fazer um acordo bilateral com os Estados Unidos e o governo brasileiro tem usado diplomacia para evitar o acordo, que no seu entendimento poderia enfraquecer o Mercosul. Por outro lado, integrantes do governo uruguaio também já declararam temer que o Brasil negocie um acordo bilateral com o governo norte-americano. Furlan está em Montevidéu desde domingo, liderando uma missão com cerca de 30 empresários.

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