PUBLICIDADE

Publicidade

Brasil não foi afetado pela crise argentina, diz EIU

Por Agencia Estado
Atualização:

A consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) disse que, até o momento, a crise argentina não afetou negativamente o ânimo dos investidores em relação ao Brasil e observou que, um dia após a desvalorização do peso, em 7 de janeiro, o governo brasileiro emitiu com sucesso US$ 1 bilhão em bônus externos, "demonstrando o nível de confiança do País e sugerindo que os mercados vêem o risco de contágio como limitado". Embora o real tenha declinado, desde o início do ano, essa queda foi moderada e "com o governo brasileiro comprometido com uma política econômica prudente e um sistema cambial flutuante, o País deverá evitar dificuldades no pagamento de sua dívida." Entretanto, o diretor para análise de risco da EIU, David Anthony, alertou que, no médio e longo prazos, o Brasil continua apresentando uma fragilidade devido ao perfil de sua dívida. Segundo ele, uma nova desvalorização acentuada do real e a necessidade da manutenção das taxas de juros num nível próximo do atual, poderiam acarretar sérias dificuldades para a economia brasileira. Anthony observou que a continuidade da melhora das finanças públicas brasileiras nos próximos anos é um fator fundamental para que o País consolide uma posição de confiança no mercado externo. Nesse contexto, todas as atenções estarão voltadas para a sucessão presidencial em outubro. "O próximo presidente do País não pode repetir o erro do ex-presidente argentino, De la Rúa, que não mostrou desde o início uma determinação de sanear as finanças públicas?, disse Anthony à Agência Estado. "É preciso que o Brasil dê continuidade a uma política fiscal rigorosa e aprofunde o saneamento de suas finanças." Ele alertou que um dos riscos na sucessão, "é a eleição de algum candidato ancorado num discurso mais social, nacionalista e intervencionista", com reflexos negativos nas contas públicas. "Com isso, o País poderia começar a gerar maiores dúvidas no mercado, aumentando a incerteza e ter sérios problemas daqui uns dois anos". Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.