O Brasil não precisa de um Emmanuel Macron, que foi liberal na economia mas assumiu plataforma de esquerda nos costumes, afirmou nesta quinta-feira, 1º, o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha. Segundo ele, ao invés do atual presidente da França, o povo brasileiro quer eleger uma figura política mais próxima do conservadorismo, como o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, ou a ex-premiê britânica Margareth Thatcher.
Para Rocha, que encabeça o Brasil 200, um grupo de lideranças empresariais que pretende influenciar nas eleições deste ano, o perfil "liberal na economia, conservador nos costumes" não encontra hoje um representante à altura entre os presidenciáveis. Segundo ele, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "não encampa um liberal", ao menos como gostaria, além de não conseguir representar o que vê como uma indignação contra a desordem que existe no País hoje.
O prefeito João Doria, nesse mesmo sentido, já foi a "grande esperança" daqueles que pensam como o Brasil 200, mas acabou "pisando em cascas de banana", como defender o controle da venda de armas e outros temas do "politicamente correto", disse.
++ Para OCDE, reformas elevam PIB por 15 anos
Já Jair Bolsonaro, por outro lado, encarnaria uma Marine Le Pen brasileira, em referência à candidata de extrema-direita que perdeu as eleições para Macron em 2016. Rocha elogiou o deputado fluminense por ser "o único que toca em temas espinhosos", mas criticou sua visão estatizante na economia.
Candidatura governista. Para Rocha, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não se mostrou viável na eleição deste ano por fincar seu discurso muito na economia. "Nãose ganha eleição com economês", pontuou. Já o presidente Michel Temer foi elogiado por aplicar o "único programa liberal que esse País já teve" na economia. Por outro lado, avaliou o empresário, muitas de suas vitórias foram construídas com o compromisso de que ele não ia se colocar (como candidato)".