PUBLICIDADE

Brasil passa no raio X à procura dos valiosos chips

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de oito meses de trabalho, o BNDES já tem pronto o diagnóstico para que o Brasil entre na rota dos fabricantes de semicondutores, ou circuitos integrados (chips). O consórcio formado pela consultoria A.T. Kearney, IDC, BNDES, Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio e Ministério da Ciência e Tecnologia, além do escritório de advocacia Azevedo Sette, chegou ao que vem sendo considerado um dos mais completos estudos sobre a situação atual e a capacidade de o País atrair empresas do setor. O trabalho ainda será submetido aos ministérios para se chegar a uma versão final. Mas, nesta quarta-feira, durante o Fórum Abinee Tec, em São Paulo, foram apresentados alguns pontos do estudo a executivos do setor que já dão uma idéia do que será divulgado oficialmente. Algumas conclusões já eram evidentes para especialistas da área, como a necessidade de o governo tecer uma política estruturada e um plano coordenado entre diversos ministérios para lograr a criação de um parque local tecnológico. Mas já ficaram claras linhas de atuação que podem incluir até mesmo a participação do BNDES como sócio de empresas do gênero. "Para atrair empresas a se instalarem em seus países, alguns governos investiram diretamente na instalação das fábricas", diz o chefe de departamento de eletroeletrônica do BNDES, Julio Raimundo. Embora o mapa mundial do segmento aponte preferência pela Ásia, Julio Raimundo entende que o País tem muito a oferecer. "A importância do Brasil é estratégica", avalia. O custo da mão-de-obra no setor, por exemplo, é bastante competitivo, maior apenas que o da China, mas menor que o do México e cinco vezes menor que o de Taiwan. O interesse do governo em atrair empresas de semicondutores é estratégico, pois a importação desse item representa um perigo constante para a balança comercial. Os circuitos lideram a lista de importações e sua utilização deve crescer cada vez mais, com a utilização de tecnologia em todas as áreas de consumo. O mercado global projeta um crescimento médio anual de 12% na utilização dos circuitos nos próximos cinco anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.