28 de março de 2012 | 03h03
Ontem foi o primeiro de dois dias de um seminário a portas fechadas da OMC para analisar o impacto das taxas de câmbio no comércio internacional a pedido do Brasil, que se sente prejudicado pela valorização do real e pelo que considera uma desvalorização artificial de divisas como o dólar, o euro e o yuan.
Segundo o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, o primeiro dia serviu para constatar que ninguém nega que exista um desalinhamento cambial como o que está afetando as exportações brasileiras, embora haja divergências sobre as causas e raízes.
Azevedo pediu à OMC que "ofereça uma contribuição além da discussão", uma contribuição que "pode ser mais eficaz e operacional, desenvolvendo disciplinas que enfrentem os aspectos comerciais relacionados com as taxas de câmbio".
O seminário foi aberto pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, para quem a instituição não pode resolver por si só as questões macroeconômicas que afetam a oscilação das taxas de câmbio.
"O sistema da OMC, suas políticas e regras, não poderão resolver as questões macroeconômicas que estão no núcleo dos comportamentos das divisas no mundo todo", disse Lamy.
O embaixador brasileiro esclareceu que a OMC não tem a obrigação de solucionar as causas que produzem os desequilíbrios cambiais nem apontar culpados, mas determinar o que pode ser feito após identificado e quantificado o problema. / EFE
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