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Brasil pode ficar entre os 10 maiores consumidores de energia

Por Agencia Estado
Atualização:

O consumo de energia elétrica no mês de julho registrou aumento de 7,8% em relação a julho do ano passado, mesmo com a temperatura média deste ano ficando abaixo da observada em 2003. A projeção do governo é que o País encerrará o ano com acréscimo em torno de 4,5% em relação a 2003, elevando o patamar de consumo para cerca de 380.000 GWh, o que coloca o Brasil entre os dez maiores mercados consumidores de energia elétrica do planeta. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o consumo total de julho somou 31.810 GWh, frente aos 29.568 de julho de 2003. O consumo no mês passado foi o segundo maior da história do País, só superado pelo recorde de março, quando a temperatura do final do verão amplia o consumo de energia nas residências devido ao maior uso de aparelhos de ar condicionado. Em março, pelos dados do ONS, o consumo total atingiu 32.893 GWh. Com os dados de julho, o consumo acumulado no ano somou 220.761 GWh, o que representa acréscimo de 4,08% em relação aos sete primeiros meses de 2003 e de 11,8% em relação a igual período de 2002. Situação dos reservatórios Os dados do ONS indicam que há tranqüilidade na oferta de energia para os próximos anos, especialmente devido à situação confortável dos reservatórios das grandes hidrelétricas. Ontem, os reservatórios do Sudeste, onde estão cerca de dois terços da capacidade total de armazenamento de energia (água) do País, estavam com 79,19% da capacidade total. Esse patamar indica 38,8 pontos percentuais acima da curva de aversão ao risco, quando o governo adotaria medidas de emergência para evitar o racionamento de energia. Ainda pelos dados do ONS, na região Sul os reservatórios estão com 81,73% da capacidade total, enquanto o Nordeste está com 88,04% (60,33 pontos percentuais acima da curva de aversão ao risco) e no Sul os reservatórios estavam com 76,92% da capacidade total. Na avaliação de técnicos do setor, se as chuvas do próximo verão forem tão abundantes como as deste ano, é possível que o ONS seja obrigado a verter (desperdiçar) água no ano que vem.

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