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Brasil precisa dar atenção às famílias mais vulneráveis após alta no arroz, diz FAO

Órgão das Nações Unidas para a Alimentação aponta em comunicado medidas para manter a segurança alimentar dos mais pobres, como a compra de produtos das organizações de agricultura familiar

Por Augusto Decker
Atualização:

SÃO PAULO - Com a alta do preço do arroz, o Brasil precisa dar atenção às famílias mais vulneráveis, diz a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Em nota antecipada ao Broadcast Agro, o órgão destaca a preocupação com a insegurança alimentar e a queda nutricional dessas famílias.

"Há medidas importantes para manter a segurança alimentar das famílias mais vulneráveis em situações como esta, realizando a compra de alimentos, em especial de arroz, das organizações da agricultura familiar por intermédio dos programas de compras públicas", afirmou.

Pacote de 5 quilos de arroz chega a ser encontrado por R$ 40 nas últimas semanas. Foto: Dida Sampaio/Estadão - 18/3/2020

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No comunicado, a FAO lista como fatores que levaram ao avanço expressivo do preço do cereal nas últimas semanas a desvalorização do real, que tornou as exportações mais atraentes para produtores brasileiros e dificultou as importações. "Em abril, as exportações foram 66% superiores à média dos últimos cinco anos", lembra a FAO.

Além disso, os estoques domésticos do cereal diminuíram, tanto os privados quanto os públicos, com maior consumo interno no primeiro semestre. O período é de entressafra no Brasil. A média de preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, calculada pelo indicador Cepea/Esalq aponta alta de 11% nos últimos 30 dias.

A FAO e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) destacam que o número de pessoas em situação de extrema pobreza na América Latina aumentará em 16 milhões de 2019 para 2020, chegando a um total de 83,4 milhões de pessoas.

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