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Brasil precisa de 'cada molécula' do gás boliviano, diz Gabrielli

Presidente da Petrobras ressaltou, no entanto, que empresa 'é sensível' aos problemas energéticos da Argentina

Por Tania Monteiro , Marina Guimarães e da Agência Estado
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reiterou nesta sexta-feira, 22, que o Brasil precisa de "cada molécula" dos 30 milhões de metros cúbicos de gás que importa diariamente da Bolívia. No entanto, disse que a Petrobras "é sensível" aos problemas energéticos da Argentina. Por isso, equipes dos dois países estão realizando estudos para encontrar outras fontes de energia para ser fornecida à Argentina, para atender a demanda de energia de que o País precisa.   Veja também: Gabrielli não acredita em ameaça argentina contra Petrobras Gás deve dominar pauta do 1º encontro de Lula e Cristina Argentina ameaça racionar gás para unidade da Petrobras  A guerra do gás   Gabrielli negou pressões do governo argentino para que a Petrobras ceda uma parte da cota de gás que compra da Bolívia. "Nós temos uma relação boa com a Argentina. É uma relação típica de todas as empresas petrolíferas energéticas com os governos dos seus países, que é uma relação de amor e ódio", afirmou Gabrielli ao informar que foi o governo da Bolívia que pediu ao Brasil para ceder uma parte do gás que abastece o Brasil para a Argentina. A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, informou que o não-cumprimento do contrato da Bolívia com o Brasil implica em multas "pesadíssimas" e que o valor da multa depende de vários fatores. As declarações de Gabrielli e da diretora da Petrobras foram na saída da Casa Rosada, sede do governo argentino, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Cristina Kirchner assinaram uma declaração conjunta com 17 itens e acordos em várias áreas.

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