
30 de março de 2014 | 13h29
Segundo Schwartsman, o Brasil conseguiu crescer mais entre 2004 e 2010 porque tinha "folga", com gente desempregada. "A economia foi crescendo e a taxa de desemprego, reduzindo", diz Schwartsman. A questão, de acordo com o economista, é que o crescimento baseado apenas na expansão do emprego é insustentável. Por isso, é preciso fazer a "transição para a produtividade". Dessa forma, o livro de Schwartsman e Giambiagi se debruça sobre entraves a essa "transição para a produtividade". Aí entram maior abertura comercial, melhorias na educação e na infraestrutura e seguranças nas "regras do jogo" - leis, marcos regulatórios e bom funcionamento das instituições.
Schwartsman destaca a reforma tributária, inserida nas "regras do jogo", como o campo a ser atacado de forma mais urgente pelo novo governo a assumir em 2015, seja num segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ou numa vitória da oposição. "Centraria fogo e poder político na reforma tributária", sugere o economista, completando que uma simplificação e redução da burocracia do sistema de impostos já faria diferença, independentemente do tamanho da carga tributária. Ainda assim, nenhuma medida geraria efeitos em menos de dois anos.
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