O Brasil precisa estar aberto para o investimento estrangeiro e tem as ferramentas necessárias para controlar as consequências da entrada de fluxos muito forte, afirmou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Meirelles disse que, embora não haja planos para controles de capital ou outras ações no momento, o banco central entrou no mercado no passado para controlar a taxa de câmbio do real e pode fazê-lo de novo. Meirelles acrescentou que as grandes reservas em moeda estrangeira do Brasil permitem que as autoridades "corrijam quaisquer desequilíbrios" de um "modo ordenado", se o regime de câmbio flutuante não fizer o trabalho corrigindo a si mesmo.
"Algumas vezes, se por alguma razão há excesso de fluxo de capital, o que poderia criar distorções (...) o banco central tem adquirido reservas internacionais" e pode "absorver excesso de liquidez no mercado". Por outro lado, o banco também pode acrescentar liquidez ao mercado, disse.
Meirelles também afirmou que impostos sobre investimento no mercado de capital é outra opção, mas acrescentou que planos para impostos adicionais não estão atualmente sendo discutidos. Por causa dessa ação de equilíbrio, Meirelles afirmou que o atual déficit em conta corrente do País "não é objeto de preocupação". Ele acrescentou que as contas também vão se equilibrar uma vez que o restante do mundo comece a se recuperar da crise econômica global.
Meirelles participou de uma conferência realizada em Nova York organizada pela Câmara Americana de Comércio. As informações são da Dow Jones.