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Brasil quer alerta do G-20 contra pacotes protecionistas

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Por Redação
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O Brasil vai insistir para que o G-20 (grupo formado por grandes economias desenvolvidas e emergentes) faça uma declaração alertando governos sobre os impactos distorcidos de pacotes de incentivos à economia. Em abril, o G-20 se reúne em Londres para tentar traçar um plano para lidar com a pior crise em 60 anos. A ideia do Itamaraty é clara: pacotes para salvar empregos são justificados, mas não podem ter efeitos colaterais nem prejudicar trabalhadores de outros países. Ontem, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), ainda afirmou que não hesitaria em abrir uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra Washington se o pacote da Casa Branca de ajuda ao setor automotivo for discriminatório à produção do velho continente. Na avaliação da diplomacia brasileira, há um consenso cada vez maior entre governos de que pacotes de socorro às indústrias tem o potencial de distorcer mercados. Há um mês, o Brasil levou a questão até a OMC e a entidade aceitou a tarefa de avaliar o impacto desses pacotes bilionários. Mas governos como o da França se recusam a aceitar a classificação dos pacotes como subsídios velados. O Brasil agora espera que o G-20 chegue a um texto de declaração que indique que as medidas podem ser prejudiciais para outros governos. Algodão O anúncio do plano do governo de Barack Obama de cortar subsídios aos produtores de algodão não vai mudar a estratégia do Brasil de, na próxima segunda-feira (dia 2), pedir à OMC o direito de retaliar os Estados Unidos em US$ 2,6 bilhões pelas distorções já causadas por essa ajuda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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