Vinte e cinco mil trabalhadores por dia, em média, entraram com pedido de seguro-desemprego no País desde o início da pandemia da covid-19 em meados de março. Desde a segunda quinzena daquele mês até o fimde maio 1,94 milhão de brasileiros solicitaram o benefício
Pelo menos um em cada três trabalhadores brasileiros com carteira assinada teve o emprego perdido ou o salário reduzido por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com dados do Ministério da Economia divulgados nesta terça-feira, 9, foram registrados 960,2 mil pedidos de seguro-desemprego em maio. Esse número é 53% maior que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando houve 627,7 mil pedidos.
O total de 1,94 milhão de pedidos de seguro-desemprego desde meados de março representa uma alta de 26% na comparação com o mesmo período do ano passado (1,54 milhão de pedidos).
Além dos que foram demitidos, outros 10 milhões de trabalhadores formais tiveram jornada e salário reduzidos ou contratos suspensos em decorrência da pandemia. Em troca, esses empregados recebem uma compensação do governo federal. A expectativa do governo é que 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada vão ser atingidos com uma das duas modalidades, o que representa mais de 70% da força de trabalho do País.
No ano
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2020, os pedidos de seguro-desemprego somam 3,297 milhões, o que significa uma alta de 12,4% em relação ao período entre janeiro e maio de 2019, quando as solicitações somaram 2,934 milhões.
Os pedidos de seguro-desemprego em maio foram distribuídos entre serviços (42%), comércio (25,8%), indústria (20,5%), construção (8,2%) e agropecuária (3,4%).
De acordo com o ministério, os três Estados com maior número de requerimentos de seguro-desemprego, no mês de maio, foram São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio (82.584).
O ministério detalha ainda que 58,7% dos solicitantes do benefício no mês passado eram homens, com 41,3% de mulheres. Por faixa etária, a maior parcela dos solicitantes do seguro-desemprego em maio estava entre 30 anos e 39 anos, com 32,3% do total. Em termos de escolaridade, 61,4% dos pedidos eram de pessoas com ensino médio completo.
Segundo a pasta, com a reabertura das unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no fim de abril, não há mais fila de espera para os pedidos de seguro-desemprego. Ainda assim o ministério destaca que metade dos requerimentos realizados em 2020 foi feita pela internet, ante apenas 1,5% do total no mesmo período do ano passado.
Pedido
De acordo com o governo, os trabalhadores que perderem seus empregos sem justa causa durante a pandemia do coronavírus poderão pedir o seguro-desemprego por meios eletrônicos.