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Brasil será motor do crescimento da Danone

Por Clayton Netz e clayton.netz@grupoestado.com.br
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A operação da Danone no Brasil recebeu uma missão da matriz francesa: alavancar o crescimento mundial da empresa até 2012. A subsidiária, ao lado da americana e da russa, tem o desafio de responder por 60% do crescimento mundial da multinacional no período. No caso brasileiro, sexto mercado da Danone no mundo, as metas e os planos já estão traçados. "Vamos dobrar de tamanho em dois anos", diz Mariano Lozano, presidente da Danone no Brasil.Em números, isso significa elevar o faturamento da empresa para R$ 2 bilhões até lá. A expectativa para este ano é chegar a R$ 1,3 bilhão, 10% a mais do que o obtido em 2009. A estratégia para atingir a meta segue o modelo de crescimento orgânico, com expansão da produção e das vendas, e a aproximação com as classes C, D e E.A Danone já vem experimentando o poder dessa nova massa consumidora há algum tempo. Entre 2005 a 2009, segundo pesquisa da Kantar Worldpanel, suas vendas para esse público aumentaram quatro vezes mais que a média dos concorrentes nas classes D e E, e três vezes mais na classe C. Para atender à demanda, em vez de lançamentos, a fabricante de laticínios prefere apostar nas marcas existentes e investir em formatos e tamanhos de embalagens variados, capazes de tornar os produtos mais acessíveis para a população de menor poder aquisitivo. Além disso, segundo Lozano, a empresa vai concentrar as ações de marketing nas suas duas principais marcas, Danoninho e Activia. Lançado em 2004, o Activia, que auxilia no funcionamento do intestino, cresceu dez vezes de lá para cá e hoje é a marca número 1 do mercado nacional na categoria de iogurtes. Um dos segredos, de acordo com Lozano, é o investimento maciço na promoção e propaganda dos produtos. Atualmente, a Danone responde por 85% de todo investimento publicitário do segmento de iogurtes no País.Market share. Líder na venda de iogurtes no Brasil, com 35% do mercado, a Danone está menos preocupada com o market share do que em alavancar o segmento como um todo. "Não estamos em guerra com a concorrência", diz Lozano. "Estamos em guerra conosco mesmos." Segundo ele, o consumo per capita de iogurte no País é de seis quilos e sua missão é dobrar esse volume nos próximos anos. Mesmo que atinja o objetivo, sobrará mercado potencial, se comparado com países como a França, com consumo de 33 quilos por ano, ou a Espanha, com 26. Nos Estados Unidos e na Rússia, as outras duas apostas da Danone para os próximos anos, o consumo está em 5 e 7 quilos per capita, respectivamente. A outra frente para a expansão dos negócios brasileiros da Danone, o aumento da capacidade de produção, já é uma realidade com a inauguração da fábrica de Maracanaú, no Ceará, com capacidade para 48 mil toneladas de iogurtes por ano. A escolha do local foi estratégica, já que o Nordeste é a única região do País em que a Danone não lidera a venda de iogurtes. A principal fábrica da empresa ainda é a unidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, que produz 300 mil toneladas por ano. A abertura de uma nova fábrica não está descartada, mas ainda não está na pauta da companhia francesa. Caso isso ocorra, um forte candidato seria um Estado do Sul. "O ideal é que a nova planta fique próxima a uma bacia leiteira", diz Lozano.CONCORRÊNCIACofres públicos já ganham com o genérico do LípitorOs efeitos financeiros do fim da patente da atorvastatina, princípio ativo do Lípitor, utilizado no combate ao colesterol, já estão sendo sentidos nas primeiras concorrências públicas para o fornecimento do genérico. Na semana passada, o laboratório EMS venceu uma concorrência da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo para o fornecimento de 5,8 milhões de unidades do medicamento. Detalhe: o preço apresentado pelo EMS, de R$ 0,90 a unidade, equivalia a pouco mais de um terço dos R$ 2,40 pedidos pela Pfizer, dona do Lípitor. Só aí, o governo paulista economizou R$ 10,4 milhões. No início do mês, foi a vez do governo mineiro, que poupou R$ 4,4 milhões em concorrência semelhante. VAREJO Leader chega a novas praças com vendas onlineCom três meses de operação e investimento de R$ 20 milhões, o portal de vendas pela internet da carioca Leader, uma das cinco maiores redes de lojas de departamento do País, com faturamento de R$ 900 milhões em 2009, conseguiu atingir os objetivos propostos para o novo modelo: chegar a novas praças e expandir o mix de produtos. Além de penetrar no mercado paulista, responsável por 20% do total das vendas realizadas pela internet, a Leader estreou no site com ofertas de eletroportáteis, produtos de informática e telefonia. O vestuário, vendido nas 45 lojas físicas de oito Estados, só deve entrar no e-commerce a partir de 2012. "Em três meses, a internet já vende o mesmo que nossas 15 maiores lojas", diz Vicente Criscio, diretor da operação online.INFORMATIZADOIguatemi se concentra em ferramentas digitais O Shopping Iguatemi, de São Paulo, do grupo Jereissati, está lançando um aplicativo para os aparelhos da Apple iPhone e iPod touch. Com o programa, que pode ser baixado no site iTunes, os clientes do Iguatemi têm acesso a informações detalhadas das lojas, à programação de cinema e recebem notícias em tempo real, além de localizar mais facilmente seus carros no estacionamento. O aplicativo faz parte da estratégia de investimento do Iguatemi em conteúdos digitais, iniciada em abril com a reformulação do site, integrado a redes sociais, como o Twitter e o Facebook. TINTASMinha Casa, Minha Vida faz a festa para fabricantesOs fabricantes nacionais de tintas estão contabilizando os ganhos com o Programa Minha Casa, Minha Vida, que já entregou 140 mil imóveis em todo o País: de acordo com a Abrafati, a entidade das empresas do setor, foram consumidos até agora 8 milhões de litros de tintas pelas construtoras. "Cada unidade demanda em média cerca de 60 litros de tinta para a sua pintura", diz Dilson Ferreira, presidente executivo da Abrafati. Isso significa, segundo ele, que para atender à meta de 1 milhão de imóveis da primeira etapa do programa, os produtores deverão fornecer 60 milhões de litros de tintas. Em dinheiro novo, são US$ 120 milhões de faturamento adicional para os fabricantesCOMÉRCIO EXTERIORIndianos querem aumentar negócios com o PaísO ministro da Indústria e Comércio da Índia, Jyotiraditya Scindia, desembarca em São Paulo, na próxima quinta-feira (2), liderando uma comitiva formada por 15 empresários indianos. Será recebido na Fiesp, onde se reunirá com representantes de 30 empresas nacionais, interessadas em vender máquinas e equipamentos de energia, alimentação e mineração, além de veículos e serviços. O intercâmbio entre o Brasil e a Índia alcançou US$ 5,6 bilhões, em 2009. A meta do governo Lula é triplicá-lo em três anos.COMIDA FARTAR$ 12,9 bié o faturamento projetado para as redes de franquias de alimentação para 2010, segundo a Associação Brasileira de Franquias (ABF)RÉDEA CURTA"Isso aumentará a confiança do investidor na integridade de nosso sistema de governança corporativa"Mary SchapiroPRESIDENTE DA SECURITY AND EXCHANGE COMISSION (SEC), SOBRE AS NOVAS REGRAS QUE FACILITAM A PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS NOS CONSELHOS DAS EMPRESAS DOS EUA

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