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Brasil só aplica 75% do necessário em infraestrutura

Cifra é referente aos gastos anuais necessários segundo a Abdib

Por Agencia Estado
Atualização:

Levantamento da Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base (Abdib) aponta que a infra-estrutura deve ter recebido R$ 65,7 bilhões em 2006, 13% a mais que em 2005, mas somente 75% do que é preciso por ano. Os investimentos são desproporcionais: setores como transporte (38%) e saneamento (37%) recebem menos da metade do que é necessário, aponta estudo da Abdib. O estudo da entidade chamado de Prévia de Investimentos em Infra-estrutura mostrou que o setor recebeu, em 2006, aproximadamente R$ 65,7 bilhões na expansão e modernização de sistemas em energia elétrica, petróleo e gás, telecomunicações, transporte e saneamento básico. O volume apurado até o momento, se confirmado, será 13% maior que em 2005, quando o setor recebeu R$ 58 bilhões, mas somente 75% do montante necessário por ano (R$ 87,7 bilhões). A entidade explica que o estudo divulgado agora, com exclusividade pela reportagem do Estado, é um levantamento preliminar feito pela Abdib sobre recursos efetivamente aplicados nos cinco principais setores, como energia elétrica, petróleo e gás, transporte e logística, telecomunicações e saneamento básico. Confirmação E a entidade explica que os números serão ainda ratificados ao longo do primeiro trimestre de 2007, quando a Abdib pretende mensurar, ainda, quais serão as perspectivas de investimento em infra-estrutura para 2007. A prévia mostrou que os investimentos, apesar de crescentes, continuam bastante desproporcionais. Enquanto os setores de petróleo e gás e de telecomunicações recebem volumes substanciais de recursos, energia elétrica, transporte e saneamento básico chegam a contar com aportes que significam menos da metade do necessário. De acordo com o presidente da Abdib, Paulo Godoy, os investimentos crescem pouco diante da necessidade que os setores de infra-estrutura possuem. "Cada ano que aquilo que precisa ser feito não é feito, os prejuízos são exponenciais. Não basta deixar de fazer em dois anos e fazer no terceiro porque os prejuízos são irrecuperáveis, tanto ao bem-social e à produtividade são irrecuperáveis", afirma.

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