A Brasil Telecom deverá concluir em julho ou agosto deste ano o processo de antecipação do cumprimento das metas de universalização previstas para dezembro de 2003. Esta antecipação permite que a empresa possa expandir sua operação para as demais áreas do Brasil em que não atua. Segundo o presidente do Conselho de Administração da Brasil Telecom, Luiz Octávio da Motta Veiga, é prematuro fazer desde já planos de investimentos nas outras áreas. "Hoje estamos voltados para a nossa região. As metas de universalização são nossa maior preocupação", afirmou. Motta Veiga não quis dizer qual é o mercado de maior interesse da empresa. "A idéia é criar uma empresa nacional." Ele acredita que o desempenho da companhia na sua área de atuação funciona como um cartão de visitas, que serve de referência para o que a Brasil Telecom pode fazer em outros mercados, como o de São Paulo, por exemplo. Apesar de não confirmar a provável expansão da empresa para a área ocupada hoje pela Telefônica, Motta Veiga avalia que São Paulo, "em tese, é um mercado do qual não se pode estar fora". Ele prevê que a disputa de preços no Estado, com a liberação do mercado de telefonia, se transformará em uma guerra. Neste cenário, segundo Motta Veiga, as empresas têm de ter uma estratégia clara. "São Paulo é o filé mignon por um lado, mas por outro lado pode ser uma pedreira. Isso porque você vai ter uma competição ferrenha para cada milímetro do mercado."