MAIS DÍVIDA
Com os maus resultados, o BC piorou suas projeções para o comportamento da dívida brasileira neste ano, um dos principais indicadores de solvência de um país. E, caso sejam concretizadas, interromperia a trajetória de queda vista desde 2010.
Agora, a autoridade monetária vê a dívida líquida a 34 por cento do PIB neste ano, acima dos 33,4 por cento esperados até então e considerando o primário de 1,9 por cento do PIB.
Assumindo que superávit primário de 1,5 por cento do PIB, o BC calcula que a dívida líquida fichará este ano a 34,4 por cento do PIB, ante 33,8 por cento.
No ano passado, o indicador havia ficado em 33,6 por cento do PIB.
"Na nossa avaliação, será muito difícil para o governo cumprir a meta fiscal em 2014, a menos que seja capaz de contar com a receita não recorrente extraordinária significativa ou exercer rigoroso controle sobre as despesas correntes", disse em nota o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos.
(Reportagem adicional de Silvio Cascione e Alonso Soto, em Brasília; Edição de Cesar Bianconi)