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''''Brasil vive febre de IPOs''''

País atrai até megainvestidor, diz ''''The Economist''''

Por João Caminoto
Atualização:

Os mercados brasileiros são neste momento tão atraentes e promissores que estão atraindo até o megainvestidor Warren Buffett. O americano, cuja fortuna pessoal é avaliada em US$ 52 bilhões, é considerado o terceiro homem mais rico do mundo, atrás apenas do mexicano Carlos Slim e de Bill Gates, fundador da Microsoft. A informação é da revista britânica The Economist, que afirma em reportagem nesta semana que a situação do País é melhor do que a de muitos outros emergentes. Segundo a publicação britânica, a ''''febre de IPOs (ofertas públicas iniciais) é tão grande que hoje é difícil andar em alguma parte elegante de São Paulo sem esbarrar em alguém que não tenha algum parente envolvida na abertura do capital de uma empresa''''. Esse ambiente, observou a revista, foi propiciado nos últimos anos pela queda das taxas de juros, a melhora na governança corporativa e o fortalecimento da situação das finanças públicas brasileiras. ''''Mesmo Warren Buffet, um astuto investidor americano, tem comprado a moeda brasileira.'''' A Economist afirmou que a expansão do mercado acionário brasileiro ainda está na sua infância. Com a queda das taxas de juros, os fundos de pensão brasileiros vão aumentar suas exposições às ações, atualmente de apenas 16%, excluindo o do Banco do Brasil. Segundo cálculos do Banco Itaú, isso deve adicionar um fluxo anual de recursos na Bovespa entre R$ 18,5 bilhões e US$ 24,5 bilhões até 2010. Além disso, o fortalecimento do mercado acionário também traz novos financiamentos ao País. Segundo a revista, os sinais são de que essa tendência seja sustentável, mas os riscos não devem ser menosprezados. ''''O Brasil é mais aberto do que muitos outros emergentes e, portanto mais vulnerável'''', diz a revista. ''''Esse dinheiro, provavelmente, seria o primeiro a sair em qualquer tremor.'''' Mas, segundo a revista, no momento a situação é boa. ''''Se você não acredita em nós, afirmam economistas de São Paulo, perguntem ao Buffett'''', conclui a revista.

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