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Brasileira está na lista das executivas mais influentes

Por AE
Atualização:

Com um sorriso tímido, a presidente da empresa de serviços imobiliários Cushman & Wakefield para a América do Sul, a brasileira Celina Antunes, diz: ?Não sei como eu fui parar aí. Acho que eles queriam ter pelo menos uma mulher de cada continente.? O ?aí? a que ela se refere é a lista de ?50 mulheres que devemos observar? no mundo dos negócios, divulgada anualmente pelo periódico americano The Wall Street Journal. Celina é a única representante dos países latino-americanos. Ela aparece como a 49.ª de uma relação encabeçada pela presidente do conselho do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) dos EUA, Sheila Bair, e a CEO da Pepsico, Indra Nooyi. As 50 finalistas foram escolhidas por uma banca entre as 500 mulheres mais indicadas por executivos do mundo todo. ?Um dia, um jornalista de lá me ligou. Fez umas perguntas sobre minha carreira, mas foi algo rápido. Um tempo depois, recebi milhares de e-mails me parabenizando por estar na lista. Fiquei muito surpresa?, diz a executiva, que não se reconheceu na foto do WSJ. ?Quando chegaram os primeiros e-mails, corri para olhar o jornal e não me achei. Depois vi a foto, mas tinha tanto photoshop que parecia outra mulher?, brinca. A brasileira de 45 anos completados em outubro está há 13 anos na C&W Brasil e há seis ocupa o cargo de presidente para a América do Sul. No ano passado, chamou a atenção no setor de negócios imobiliários por comandar a negociação que culminou na venda da sede do extinto BankBoston, na capital paulista, por US$ 150 milhões. Anualmente, a Cushman & Wakefield tem registrado um crescimento na casa de 40% no Brasil. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie de São Paulo, e com mestrado pela Business School de Stanford, Celina trabalhou com arquitetura (já foi parceira de Arthur Casas) e também teve seus próprios negócios até entrar na C&W. ?Aqui, entrei por causa da arquitetura, mas acho que cresci por saber lidar com gente?, comenta. A arquitetura virou um hobby. ?Faço projetos só para mim e para aquelas amigas que não se importam de esperar meses para receber um desenho.? Desde o início da crise econômica, a executiva ligou pessoalmente para vários clientes, para confirmar que os projetos continuariam. ?Temos uma relação muito boa há anos, ela é muito clara e organizada?, diz Daniel Citron, presidente da incorporadora Tishman Speyer no Brasil, um dos clientes da Cushman&Wakefield. ?E está sempre de bom humor. O setor imobiliário é muito masculino, há poucas mulheres em cargos de liderança.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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