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Brasileiro compra 75% de aviação colombiana

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário German Efromovich, proprietário da Marítima Engenharia e Petróleo, anunciou hoje que comprou, por US$ 64 milhões, 75% da companhia aérea colombiana Avianca. Envolvido em processos judiciais contra a Petrobras, Efromovich já atua no setor, com a companhia regional Ocean Air e com a representação dos Learjet, jatos fabricados pela canadense Bombardier. A Avianca opera em 19 cidades da Colômbia e tem rotas para 15 países. Para 2004, o faturamento está previsto em US$ 630 milhões. As ações foram vendidas pela Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia e pela Valores Bavaria, antigos controladores da empresa, segundo o grupo de Efromovich. A aquisição foi feita por meio do Sinergy Group e os negócios serão geridos pela Ocean Air. Efromovich entrou no mercado aéreo em 2002, depois de ser banido da Petrobras, de onde vinha a maior parte dos negócios de suas empresas. A Marítima foi responsável pela construção de algumas das maiores plataformas de petróleo para a estatal - incluindo a P-36, que afundou na Bacia de Campos em 2001. Desentendimentos sobre prazos e custos de encomendas encerraram os negócios entre as estatal e o empresário. Ele foi à Justiça pedir indenizações superiores a US$ 2 bilhões e ter o direito de participar de concorrências promovidas pela Petrobras. A compra da Avianca está sujeita ainda à aprovação de credores e da Justiça norte-americana, segundo a Lei de Concordatas e Falências dos Estados Unidos. A empresa declarou falência alegando que foi prejudicada pela crise no setor aéreo mundial após os atentados de 11 de setembro e tenta renegociar uma dívida de cerca de US$ 270 milhões. Segundo a Ocean Air, a Avianca foi fundada em 1919, tem 35 aeronaves, entre Boeings 757 e 767 e Fokker 50, cerca de cinco mil funcionários e 5,5 milhões de passageiros.

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