22 de março de 2012 | 03h06
Prado, que é um dos principais assessores do diretor da entidade, Pascal Lamy, foi nomeado como diretor do conselho da OMC. O brasileiro, que era um dos nomes mais importantes na gestão de Luis Felipe Lampreia no Itamaraty, é considerado por diplomatas como um dos maiores especialistas em OMC na América Latina, hábil negociador e profundo conhecedor das regras do comércio. Não por acaso, ele foi escolhido por unanimidade ontem na OMC.
Mas o diplomata assume o novo posto em abril com a incumbência de administrar uma verdadeira guerra pelo poder na entidade. As previsões mais moderadas apontam que o governo americano deve conseguir apoio dos países europeus e dominará a corrida pelo Banco Mundial. Com o FMI já com a francesa Christine Lagarde, a única entidade da administração da economia mundial que poderá ver a chegada de um emergente é a OMC.
Mas, pelo menos por enquanto, não existe um nome de consenso entre o bloco dos países em desenvolvimento. América Latina, África e Oriente Médio poderiam estar na disputa, porque a Ásia já ocupou o cargo antes da chegada de Pascal Lamy à organização.
No Itamaraty, a apresentação de um candidato brasileiro é ainda um assunto que diplomatas evitam comentar publicamente. O nome do embaixador brasileiro Roberto Azevedo é tido como um fator a ser levado em consideração. Mas nem todos os países emergentes se sentiriam confortáveis em ver o Brasil no comando. /J.C.
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