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Brasileiro vai gastar mais com presente para namorado do que com a mãe, diz pesquisa

Entidades do varejo apostam que data deve garantir segunda alta do segmento em 2017, depois de dois anos consecutivos de queda nas vendas

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Por Redação
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SÃO PAULO E RIO - Depois de dois anos registrando queda nas vendas, o Dia dos Namorados deverá ser positivo para o comércio neste ano, nas projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade aposta no controle da inflação e nas melhores condições de crédito para ver as vendas subirem 2,5% em relação ao Dia dos Namorados de 2016. O bom resultado deve seguir na esteira do Dia das Mães, que viu as vendas crescerem cerca de 2% em 2017. 

Comércio espera alta de vendas no Dia dos Namorados Foto: Valeria Gonçalvez|Estadão

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A data de junho, porém, deve ser ainda mais animadora para os lojista, porque, de acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro e o Instituto Ipsos, o brasileiro está disposto a colocar mais a mão no bolso por seu par romântico do que por sua mãe. O gasto médio para a celebração do próximo Dia dos Namorados deve ficar em torno de R$ 141,62, ante os R$ 136,51 informados pelos consumidores para o Dia das Mães.

Na distribuição por faixa etária, embora 56% dos que presentearão no dia 12 de junho estarem dentro da faixa de 25 a 44 anos, os presentes e comemorações mais caros serão dados por quem tem mais de 60 anos, com valor médio de R$ 215,43. Na distribuição por classe econômica, a classe A/B pretende gastar R$ 167,12, seguida da classe C (R$ 135,03) e da Classe D/E (R$ 105,00). Entre gêneros, dos que vão presentear, 57% são homens, com ticket médio de R$ 151,61, valor mais alto em comparação ao que foi informado pelas mulheres que presentearão (R$ 128,33). 

A estimativa da CNC aponta R$ 1,65 bilhão em vendas no varejo - o Dia dos Namorados é apenas a sexta data comemorativa mais importante para o comércio. A projeção de alta de 2,5% ante 2016 já desconta a inflação. Segundo a CNC, o comércio registrou quedas nas vendas para o Dia dos Namorados em 2015 (-1,1%) e em 2016 (- 4,9%). A projeção da Fecomércio RJ/Ipsos é mais generosa. A pesquisa feita com 1200 consumidores no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife e em mais 64 cidades brasileiras, acredita que a injeção de receita no varejo do país seja da ordem de R$ 5,7 bilhões para cerca de 40,5 milhões de consumidores que devem comprar presentes para a data. 

Segundo a Fecomércio RJ/Ipsos, entre os 26% dos brasileiros com intenção de presentear, as opções preferidas continuam sendo roupas (23%), perfumes e cosméticos (18%) e jantar e/ou almoço (9%). Em relação à forma de pagamento, 81% dos que irão presentear pretendem pagar à vista.

O levantamento da CNC também aposta nosegmento de vestuário e acessórios como carro-chefe da data. A expectativa da Confederação é que o segmento movimente R$ 564 milhões, alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Sozinhas, as lojas de vestuário e acessórios deverão responder por 37% do total de vendas no Dia dos Namorados.

"Parte da retomada de fôlego nesses segmentos pode ser atribuída à combinação entre a queda da taxa de juros e a ampliação dos prazos médios nas operações de crédito voltadas para pessoas físicas, como apontou levantamento recente do Banco Central", diz a CNC, em nota.

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Além disso, o comportamento dos preços também deverá cumprir papel decisivo na "reativação" das vendas. "A cesta dos 25 bens e serviços mais demandados pelos consumidores nessa época do ano aponta a menor inflação em dez anos. Nos 12 meses encerrados na primeira quinzena de junho de 2017, esses itens registraram alta de 4,8%", diz a CNC.

Para incentivar as vendas, a CNC crê ainda que o varejo continuará investindo em liquidações, "oferecendo linhas de produtos a preços mais atraentes, especialmente nos ramos de vestuário e itens de telefonia". / COLABOROU VINICIUS NEDER

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