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Braskem diz que produção de PVC não será afetada em Alagoas

Por CAROLINA MARCONDES
Atualização:

Os dois incidentes que paralisaram a produção de cloro soda na unidade de Maceió (AL) da Braskem não afetarão a produção de PVC na unidade de Marechal Deodoro, também em território alagoano. A companhia possui estoques para garantir o suprimento do cloro, utilizado como matéria-prima para a produção de PVC, afirmou à Reuters o vice-presidente de Relações Institucionais da petroquímica, Marcelo Lyra. "(O incidente) não deve afetar a produção de PVC... Temos estoques para continuar o suprimento e também temos a capacidade de avaliar alternativas", disse Lyra. Lyra disse que a Braskem ainda não tem dados de prejuízos com a paralisação da unidade, que tem capacidade para produzir 460 mil toneladas anuais de cloro soda. Toda a produção é destinada à fábrica de Marechal Deodoro. Por volta das 18h40 do sábado, alarmes de detecção de vazamento de cloro soaram na fábrica em Maceió. Cerca de 130 pessoas deram entrada no Hospital Geral do Estado com sintomas de intoxicação. Após o incidente, nesta segunda-feira houve o rompimento de uma tubulação que feriu cinco funcionários de uma empresa que prestava serviços à petroquímica. No momento a produção estava paralisada e não houve novos vazamentos de cloro. A causa específica do acidente ainda não foi definida, disse Lyra. EXPLICAÇÕES O Ministério Público Federal (MPF) de Alagoas abriu um procedimento administrativo na Procuradoria da República no Estado solicitando informações à Braskem sobre os incidentes. A petroquímica terá cinco dias, a partir do recebimento do comunicado oficial, para apresentar ao MPF sua versão para os incidentes. A Braskem ainda não foi notificada. O procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Rodrigo Tenório, pediu ainda que o Instituto do Meio Ambiente do Estado (IMA) envie um relatório sobre a inspeção feita no local. Segundo a assessoria de imprensa do MPF-AL, em 90 dias o procedimento administrativo pode ser arquivado, se transformar em um inquérito civil ou uma ação civil pública. Além disso, o IMA já afirmou que a Braskem será multada depois dos incidentes, e que está trabalhando para definir a penalidade. A companhia terá 48 horas a partir desta segunda-feira para entregar um relatório definitivo sobre o vazamento de cloro no sábado e o rompimento de tubulação nesta madrugada, segundo o presidente do IMA, Adriano Augusto. Segundo ele, houve uma "falha no processo" no sábado, e há indícios de que houve aumento de temperatura e pressão em uma instalação onde os produtos ficam resfriados e à vácuo. "É o que sugere o que nós vimos, estamos nos baseando nesta hipótese... Ele (o relatório da Braskem) vai nos dizer por que esquentou em um lugar onde deveria estar resfriado", completou Augusto. As ações da Braskem fecharam a segunda-feira em queda de 1,85 por cento, a 23,30 reais, enquanto o Ibovespa recuou 0,40 por cento.

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