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BRF tenta recuperar mercado externo

Segundo Nildemar Secches, vendas para o exterior continuam difíceis

Por Rodrigo Petry
Atualização:

O copresidente do conselho de administração da BRF Brasil Foods, Nildemar Secches, disse ontem que o setor externo "continua difícil" e que a companhia está priorizando recuperar os mercados perdidos no início do ano. Secches ressaltou, porém, que com a união das operações entre a Perdigão e a Sadia, a BRF "vai tirar maior proveito" das sinergias e atuar mais fortemente no exterior. Segundo ele, a conquista de novos mercados vai depender de novos acordos sanitários.Secches destacou que, após uma maior depreciação das margens no primeiro semestre, já está sendo observada uma melhora no terceiro trimestre. Ele não detalhou os porcentuais. "No mercado interno, há uma melhora da renda disponível e não estamos reajustando preços."Ele informou ainda que a companhia deverá investir pelos próximos dois a três anos entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão apenas apenas na manutenção das operações atuais - sem contar expansões ou eventuais aquisições. "Com o processo de fusão da Sadia com a Perdigão aprovado, vamos tentar tirar, no início, o maior proveito possível das sinergias, mantendo apenas os investimentos tradicionais da organização", disse o executivo, após participar de evento em São Paulo.Na avaliação de Secches, 100 dias após o anúncio da operação, a fusão do ponto de vista societário, financeiro - em termos de captação - e administrativo, em relação à administração da dívida, já está concluída. "O planejamento da união das atividades operacionais é que ficará para depois da aprovação do Cade)", disse.Segundo ele, após a finalização do processo no Cade, a companhia deverá manter a "força de venda" separada, mas a distribuição conjunta. "Isso gerará uma redução de custos, especialmente para o mercado internacional, onde o ganho de escala é extremamente importante", afirmou.

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