PUBLICIDADE

Publicidade

Bric e G-4 defendem reformulação do sistema financeiro

Por Fernando Nakagawa e CÉLIA FROUFE E RICARDO LEOPOLDO
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o G-4 (grupo formado por Brasil, África do Sul, Índia e México) e o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) defendem que é preciso reformular e reorganizar o sistema financeiro mundial e ajustar o papel das instituições criadas em Bretton Woods, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). A avaliação dos países emergentes, segundo Mantega, é que a crise financeira internacional tem afetado esses mercados por três canais principais: redução do crédito, menor fluxo de comércio exterior e retorno de capitais oriundos dos países avançados. Diante desse cenário e da necessidade de medidas para evitar novos problemas no sistema financeiro, a defesa de uma reformulação do sistema será feita na reunião do G-20 (grupo que reúne economias ricas e em desenvolvimento), neste fim de semana em São Paulo. Após participar de uma série de reuniões com representantes de países emergentes hoje, o ministro disse que "parece inevitável a recessão nos Estados Unidos, na Europa e no Japão", gerada pela crise. Na visão do ministro e dos outros representantes dos países emergentes que participam da reunião do G-20 neste fim de semana, o importante é restabelecer a confiança e a oferta de crédito no mercado financeiro, de modo a minimizar os efeitos da crise sobre as economias emergentes. Na visão dos países emergentes, de acordo com Mantega, faltam regras mais sólidas para impedir exageros de hedge funds (fundos que aplicam em ativos variados, inclusive de risco). Ele também destacou a ausência de regulamentação, fiscalização e transparência nos mercados. Para o ministro, o cenário mostra que as agências de avaliação de risco falharam. Mantega também comentou que os emergentes defendem medidas para "contrabalançar" o efeito da queda no preço das matérias-primas (commodities).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.