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Briga para ver quem é menor

Teles e TVs vêem seus mercados ameaçados

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Por Redação
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Na briga de gigantes que envolve empresas de telecomunicações e de TV paga, aparentemente todos querem parecer pequenos, ameaçados e fragilizados. As teles reclamam que seu mercado de telefonia fixa está diminuindo e que a banda larga encontra-se ameaçada pela oferta conjunta de voz, dados e vídeo das empresas de TV por assinatura. Também reclamam que suas redes têm pouca capacidade e que o investimento é muito grande para conseguir a banda larga. Já as empresas de TV paga reclamam que a entrada das teles em seu mercado acabaria com a capacidade de elas brigarem pelo mercado. Mas quem são essas empresas? Do lado da TV paga, estavam ontem no evento ABTA 2007 a Sky, do magnata Rupert Murdoch, e a Net, do bilionário mexicano Carlos Slim, com a Globo. Do lado das telecomunicações, a Telefônica, da Espanha, e a Oi, maior operadora brasileira. O presidente da Sky, Luiz Eduardo Baptista, disse não entender ''''como um grupo econômico pode deter, em uma mesma área de concessão, todos os meios'''', sem citar diretamente o grupo Telefônica. Ele defendeu que as empresas de menor porte tenham tempo para ''''ganhar corpo'''' antes de lutar com grupos maiores. ''''O que se pode ver no ringue é um peso leve lutando com um peso pesado.'''' Francisco Valim, presidente da Net, disse que existem ''''assimetrias'''' a serem tratadas: ''''O serviço de voz da Net deflagrou as discussões. Isso é sintomático.'''' Segundo Valim, a previsão das teles de levar a TV paga a cidades com baixo poder aquisitivo ''''não vai se confirmar''''. Na opinião de Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi, a oferta de serviços deveria ser livre às empresas com desejo de investir. ''''A alavanca é o investimento. O Brasil precisa ser construído e não se pode impedir quem tem a intenção de investir'''', resumiu, dizendo que a indústria de telecomunicações, de capital intensivo, não pode se dar ao luxo de limitar aportes. Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica, voltou a reivindicar que o marco regulatório permita à concessionária oferecer serviços que hoje está impedida, como transmissão de televisão por protocolo de internet (IPTV) e controle de TV a cabo em suas áreas de concessão.

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