
28 de agosto de 2015 | 02h05
O empresário Lawrence Pih, proprietário do Moinho Pacífico, disse à imprensa em 2009 que foi procurado pela Bunge na época para vender a empresa, mas que o negócio não prosperou por causa de uma diferença de 10% na negociação dos valores.
A compra do Pacífico, que tem capacidade de moagem anual de centenas de milhares toneladas de trigo, dá à Bunge posição de dominância no maior mercado consumidor no Brasil, do Estado de São Paulo.
A Bunge já conta com outros sete moinhos de trigo em Suape (PE), Brasília (DF), Santa Luzia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Tatuí (SP), Santos (SP) e Ponta Grossa (PR).
"O mercado brasileiro de processamento de trigo é altamente competitivo e, com essa aquisição, reforçamos nossa posição em São Paulo. O Estado demanda cerca de 28% da farinha de trigo comercializada no País", disse, em nota, o vice-presidente de Alimentos e Ingredientes da Bunge Brasil, Filipe Affonso Ferreira.
No ano passado, por causa da chuva que prejudicou a colheita em alguns Estados do País, o Moinho Pacífico registrou resultados mais fracos que os de 2013.
De um ano para o outro, a receita caiu 2,1%, para R$ 278,4 milhões e o lucro líquido despencou de R$ 80,6 milhões para R$ 9,4 milhões.
O Brasil consome 11 milhões de toneladas de trigo por ano, mas só produz 5 milhões de toneladas. / REUTERS
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