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Bunge investirá R$3,2 bi na área de fertilizantes no Brasil

Por Camila Moreira
Atualização:

A Bunge Fertilizantes anunciou nesta terça-feira que vai investir 3,2 bilhões de reais em quatro novos projetos de expansão da produção de fósforo e de outros insumos para adubos no Brasil. De acordo com comunicado divulgado pela empresa, os novos projetos deverão elevar em 1,2 milhão de toneladas a quantidade de fósforo disponível no mercado interno, cerca de 30 por cento da demanda atual, reduzindo as importações. "A médio prazo, mais da metade das importações atuais dessas matérias-primas será substituída por produtos brasileiros", afirmou o presidente da Bunge Fertilizantes, Mário Barbosa, durante evento realizado pela empresa em São Paulo. O maior investimento será na mina de Salitre, em Patrocínio (MG), por meio da Fosfertil, totalizando 2 bilhões de reais. O projeto deverá entrar em operação em 2011 e a projeção é de uma capacidade de produção anual de 2 milhões de toneladas de rocha fosfática, equivalente a 700 mil toneladas de fósforo. A empresa vai investir ainda 300 milhões de reais para a expansão do complexo industrial da Fosfertil de Uberaba (MG) e das minas de Tapira e Catalão, aumentando a capacidade anual de rocha fosfática em 340 mil toneladas, ou 120 mil toneladas de fósforo. A rocha fosfática, com acréscimo de ácido sulfúrico, é utilizada na produção de ácido fosfórico, de fosfato monoamônio (MAP), fosfato diamônio (DAP) e de superfosfato triplo (TSP). A Bunge pretende ainda abrir uma nova mina de fósforo em Araxá (MG), com capacidade anual de 820 mil toneladas de rocha fosfática -- 290 mil toneladas de fósforo. A estimativa é que o projeto esteja concluído em 2009, com um investimento de 320 milhões de reais. Outros 565 milhões de reais serão investidos na abertura para exploração de uma jazida de fosfato em Anitápolis (SC), com capacidade anual de produção de 300 mil toneladas de rocha fosfática, ou 105 mil toneladas de fósforo, com o início da operação previsto para 2011. De acordo com a Bunge, a viabilidade desse projeto, que estava preparado há 20 anos, surgiu apenas neste momento, devido "à alta cotação dos grãos e dos fertilizantes no mercado internacional", de acordo com Barbosa. Segundo ele, em 2007 o consumo de fósforo no país foi de 4 milhões de toneladas, sendo que 50 por cento teve que ser importado. A exploração do fosfato no Brasil acontece em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, com as importações vindo principalmente dos EUA, Marrocos, Rússia, Israel e Tunísia.

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