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Busca alemã de taxar operações financeiras tem recepção fraca

Por JOHN O'DONNELL E DANIEL FLYNN
Atualização:

As tentativas alemãs de conquistar apoio para um controverso imposto sobre transações financeiras na Europa recebeu uma resposta fraca neste sábado, frente à oposição de alguns governos ao tributo. Berlin tem lutado para conquistar apoio para a taxa sobre compra e vendas de ações, títulos e derivativos. Em uma reunião de ministros das finanças da União Europeia, o país fez uma última tentativa para retomar a possibilidade deste plano, oferecendo limitá-lo inicialmente ao mercado acionário. "Não diríamos que pode haver apenas uma solução, mas estamos fazendo um esforço para encontrar posições comuns e veremos como podemos avançar o tema nas próximas semanas", afirmou o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, a repórteres. "Não estou desistindo da meta de ter o FTT (sigla para a taxa sobre transações financeiras). Também não estou pronto para dizer se vamos fazer isso ou se não faremos nada", acrescentou. Mas muitos foram pouco otimistas na reunião. A Dinamarca, que atualmente presidente a União Europeia e busca intermediar um acordo entre países em questões como esta, disse esperar pouco progresso sobre o tópico nos próximos meses. A França já anunciou que introduzirá um imposto de 0,1 por cento sobre a compra de ações listadas em bolsa de grandes empresas francesas a partir de agosto. A Grã-Bretanha, contudo, disse que vetará quaisquer taxas sobre transações pan-europeias à medida que Londres, maior centro de negociação de títulos da região, seria a mais afetada pelo plano. A Suécia, por sua vez, pediu nesta sábado que a proposta da Comissão seja retirada da mesa. (Reportagem adicional de Annika Breidthardt)

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