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Bush defende livre mercado de críticas de excesso de liberdade

Presidente dos EUA pede reformas moderadas, enquanto europeus e emergentes querem normas mais rígidas

Por Paula Puliti , da Agência Estado e com Redação
Atualização:

O presidente George W. Bush está a postos para defender o livre mercado das críticas de excesso de liberdade. Falando à frente da primeira sessão formal do G-20 (grupo formado por países emergentes e desenvolvidos), neste sábado, Bush disse que os líderes estavam comprometidos com os princípios de livre comércio e abertura de mercados, informa a rede CNN. Ele ainda afirmou que houve progresso desde o almoço de sexta-feira na Casa Branca. "Tivemos uma boa discussão franca na noite passada", declarou o presidente americano. "Há algum progresso sendo feito, mas ainda há muito trabalho a ser feito." Além de seu discurso realizado na abertura da reunião de Cúpula do G-20, Bush publicou artigo no conceituado Wall Street Journal, reafirmando que, apesar de "muitos culparem a insuficiente regulação do mercado norte-americano de hipotecas pela crise, países europeus, com marco regulatório muito maior, tiveram problemas quase idênticos aos enfrentados pelos Estados Unidos." E continuou: "A História tem nos mostrado que a maior ameaça à prosperidade econômica não é um Estado pouco envolvido no mercado, mas sim um governo muito envolvido no mercado." Veja também: Manifestantes se reúnem na Indonésia contra o G-20 Ativistas protestam contra o G-20 em Washington Entenda o que está em jogo na reunião do G20 Como foi a reunião do G-20 no Brasil De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise  No artigo, Bush defendeu que os países trabalhem para tornar seus mercados financeiros mais transparentes e mais adequadamente regulados. Isso não quer dizer, continuou o presidente, que a intervenção estatal seja a "cura para tudo". Anfitrião do G-20, Bush teme que os Estados Unidos sofram pressões demasiado fortes de outras nações para controlar o livre funcionamento do mercado financeiro, em especial por parte dos países emergentes, que sofrem os impactos negativos da crise iniciada no mercado de instrumentos financeiros hipotecários dos Estados Unidos. O presidente dos Estados Unidos lembrou que as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac tinham seu estatuto de funcionamento aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos, e por isso muitos acreditavam que elas tinham o apoio do governo norte-americano e injetaram grandes quantidades de recursos nessas instituições, que, por sua vez, construíram carteiras hipotecárias de alto risco. Com o colapso do setor de moradias, o valor dos títulos despencou, resultado em perdas financeiras que se espalharam globalmente. Tudo isso mostra, concluiu Bush no artigo, que o objetivo não deveria ser "mais governo (regulando o mercado) -- mas governos mais atentos".

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