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Bush deve vetar medida que prejudica etanol brasileiro

Medida ampliaria em dois anos a manutenção da tarifa de 54 cents por galão sobre o etanol brasileiro

Por e da Agência Estado
Atualização:

O subsecretário do Serviço Agrícola Internacional do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Mark Keenum, afirmou que o presidente americano, George W. Bush, vai vetar pontos da Lei Agrícola (Farm Bill) aprovada anteontem (dia 14), entre eles o artigo que amplia em dois anos a manutenção da tarifa de 54 cents por galão sobre o etanol brasileiro. No entanto, Keenum acredita que dificilmente o veto à prorrogação do prazo de 2009 para 2011 será mantido quando a Farm Bill voltar ao Congresso local. "A lei foi aprovada por uma ampla maioria na Câmara e no Senado e será difícil que um veto do presidente seja mantido", afirmou Keenum, que visitou hoje a Usina São Francisco, em Sertãozinho (SP), e conheceu fazendas de produção de cana-de-açúcar do Grupo Balbo, em Jaboticabal (SP). Keenum defendeu a produção de etanol de milho pelos Estados Unidos e rebateu as críticas mundiais em relação ao uso do cereal para a produção do combustível. De acordo com o subsecretário, a produção americana de milho para o consumo humano e para a exportação é suficiente para abastecer a demanda e nunca foi tão grande. "Mesmo com o uso para o etanol, a produção de milho para o uso como alimento e para a exportação é a maior dos últimos dez anos e suficiente para abastecer o consumo", explicou o subsecretário do USDA. "A crise mundial e a inflação de alimentos ocorreu pela redução de estoques e de produção e após o aumento da demanda em países como Índia e China". Na visita de hoje, Keenum assistiu a uma palestra sobre a produção de cana, açúcar e álcool orgânicos na Usina São Francisco, o maior projeto do mundo deste tipo de agricultura. Visitou ainda a unidade de controle biológico da broca da cana e a colheita mecanizada da cultura, inclusive com um passeio em uma colheitadeira. "Fiquei realmente impressionado com a tecnologia utilizada aqui", admitiu o subsecretário.

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