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Bush diz que economia vai bem, mas subprime preocupa

?Temo pelas pessoas que podem perder suas casas?, afirma presidente dos EUA

Por Washington
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ontem que "o básico" da economia americana está bom. Segundo ele, o desemprego é baixo, as taxas de juro são reduzidas e o crescimento econômico é forte. No entanto, Bush disse reconhecer que há "questões sérias"confrontando o país. Bush apontou a atual crise no mercado de hipotecas de alto risco (conhecido como subprime) e a desaceleração no ritmo de novas construções residenciais. "Estou preocupado com as pessoas que podem não conseguir ficar com suas casas", afirmou. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, está tentando chegar a um acordo com instituições financeiras do país para congelar as taxas de juros cobradas nos empréstimos subprime. Em geral, esses contratos prevêem taxas fixas nos primeiros anos de vigência. A partir do segundo ou terceiro ano, a taxa cobrada tem um reajuste. Como muitos devedores de hipotecas nos EUA se encontram nessa transição, a expectativa é de que milhares perderão suas casas por inadimplência. Bush disse que o mercado de hipotecas não é tão simples hoje quanto foi anteriormente, em resposta a uma pergunta sobre se sua administração não esperou muito para responder à crise subprime. "Reconhecemos que a indústria de hipotecas imobiliárias é um pouco mais complexa hoje do que no passado", disse o presidente americano. Como resultado, tratar do assunto é igualmente complexo, defendeu-se. Bush se disse satisfeito com os progressos obtidos até agora. O Congresso está examinando uma legislação que poderá reduzir os impostos sobre os mutuários que têm de refinanciar suas hipotecas. Em qualquer um dos casos - redução de taxa ou de imposto -, não estaremos resgatando os cedentes de empréstimos, afirmou Bush. BALA DE PRATA Uma declaração de Paulson à TV Bloomberg, na segunda-feira, levou mais pessimismo ao mercado americano ontem. O secretário do Tesouro disse que não tem uma "bala de prata" para acabar, de uma hora para a outra, com a crise das hipotecas no país. Na avaliação de analistas, as palavras de Paulson mostram que a crise imobiliária ainda está longe de um desfecho, o que faz os investidores ficarem longe do risco. AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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