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Cacciola é transferido para cela especial em Bangu 8, diz Seap

Ex-banqueiro foi extraditado para o País na 5ª e passou o dia no presídio Ary Franco, para presos comuns

Por Talita Figueiredo
Atualização:

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro informou, na manhã desta sexta-feira, 18, que o ex-banqueiro Salvatore Cacciola foi transferido para uma cela do presídio Petrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, na zona oeste da capital fluminense, por volta das 22h30 da quinta-feira. O ex-banqueiro estava no presídio Ary Franco, para presos comuns, no bairro de Água Santa, zona norte do Rio. Cacciola, no entanto, tem direito a ficar em cela especial por ter curso superior. O banqueiro é economista. Veja também: Cacciola não estava tecnicamente foragido, diz ministro do STF Cacciola será transferido para cela especial em Bangu 8 Depois de chegar ao Brasil, Cacciola afirma que nunca foi um foragido  Após extradição, Cacciola chega ao País e vai a presídio no Rio 'Não sou um foragido e confio na Justiça brasileira', diz Cacciola Após extradição, Cacciola diz que errou ao ir para Mônaco Sem algemas e descontraído, Cacciola aguarda retorno ao Brasil Entenda o caso do ex-banqueiro Salvatore Cacciola Os advogados do ex-banqueiro, Carlos Ely Eluf, Guilherme Eluf e Alan Bousso encontraram-se na quinta-feira com o subsecretário adjunto da Seap coronel Francisco Spargoli para conseguir a transferência do ex-banqueiro. A penitenciária Bangu 8 tem capacidade para 170 presos. Lá estão os policiais presos sob a acusação de integrarem a Máfia de Caça-Níqueis, que seria liderada pelo ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins. Salvatore Cacciola desembarcou na madrugada de quinta-feira no Aeroporto do Galeão, no Rio, vindo de Mônaco. O ex-banqueiro ficou oito anos foragido da Justiça brasileira, acusado de causar um prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao Banco Central quando era dono do Banco Marka. Operação A operação montada pela Secretaria Nacional de Justiça para transferi-lo começou às 10h20 da última quarta-feira, no Principado de Mônaco. Um grupo de sete pessoas, entre as quais um adido consular, um promotor e agentes da PF, encontraram-se com o diretor de Serviços Penitenciários, Philippe Narmino, no Palácio de Justiça de Mônaco. Pouco depois das 13h30, horário local - 8h30 em Brasília -, Cacciola deixou a prisão Maison d'Arrêt, na qual viveu desde 15 de setembro. A seguir, ele foi transferido em helicóptero para o Aeroporto Internacional de Nice-Côte d''Azur, em Nice, no sul da França, quando teve seu primeiro contato com o público. Passava das 16 horas quando Cacciola embarcou no vôo AF 7715 da Air France. A movimentação de policiais franceses chamou atenção dos que esperavam o embarque. Nesse momento, Cacciola permaneceu cerca de 20 minutos exposto ao público, que reagia curioso e tirando fotografias. O empresário não se mostrou constrangido com o assédio dos fotógrafos, mas não quis falar aos jornalistas. Já no Airbus A320, Cacciola sentou-se cercado de dois policiais. Pediu suco de maçã e permaneceu sentado quase todo o vôo, levantando-se apenas para ceder passagem a um dos delegados da PF que sentava à janela. Na chegada a Paris, foi protegido dos fotógrafos e levado a uma zona de segurança do terminal A do Aeroporto Charles de Gaulle. Lá, embarcou, às 22 horas, no vôo JJ 8055 da TAM com destino ao Rio de Janeiro, cidade que deixou em 2000, antes de partir para o Paraguai e, em seguida, para Roma, onde viveu em liberdade até 2007. (com Andrei Netto e Daniele Carvalho, de O Estado de S.Paulo)

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