PUBLICIDADE

Publicidade

Cachaça Ypióca dá lucro semestral de R$ 10 mi à dona do Johnnie Walker

Comprada em 2012 pela Diageo, empresa cearense foi incluída no balanço mundial da gigante das bebidas

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

LONDRES - Comprada no ano passado em um negócio quase bilionário, a cachaça brasileira Ypióca começa a dar lucro para os novos donos. Balanço da fabricante de bebidas inglesa Diageo - que produz, entre outras bebidas, o uísque Johnnie Walker e a vodca Smirnoff - mostra que a cachaça cearense gerou lucro de 3 milhões de libras, ou cerca de R$ 10 milhões, à empresa britânica nos seis primeiros meses de 2013. Apesar do bom resultado, a companhia reclama que, com a economia mais lenta, brasileiros estão bebendo menos.

PUBLICIDADE

O principal ingrediente da caipirinha é a segunda bebida alcoólica mais vendida no Brasil e só perde para a cerveja na preferência dos brasileiros. De olho nesse mercado, a inglesa Diageo pagou R$ 900 milhões em agosto do ano passado para comprar 100% da Ypióca. Com o negócio, a multinacional quer entrar com força no segmento de cachaças e ainda ganhar sinergia com os negócios já existentes no Brasil, como a venda das marcas Johnnie Walker, J&B, Smirnoff, Baileys e a cerveja Guinness.

Perto de completar um ano do negócio, a Diageo anunciou nesta quarta-feira que a cachaça cearense já foi incluída no balanço mundial da empresa e, nos seis primeiros meses do ano, a venda do novo produto do portfólio somou 58 milhões de libras ou cerca de R$ 200 milhões. Assim, a Ypióca gerou um lucro operacional de 3 milhões de libras, ou R$ 10 milhões, à nova dona.

Há alguns dias, a empresa começou no Brasil uma nova campanha publicitária da cachaça com o ator John Travolta. O plano dos ingleses é revitalizar a marca e o consumo da bebida que perdeu espaço nos copos dos brasileiros nos últimos anos para bebidas consideradas mais nobres, como o uísque e a vodca.

Apesar do primeiro lucro da Ypióca, a Diageo citou que as vendas gerais da empresa no Brasil desaceleraram no primeiro semestre. Na apresentação aos investidores feita em Londres, o presidente da empresa, o indiano Ivan Menezes, comentou que foi registrado "enfraquecimento do crescimento na Ásia e desaceleração no Brasil".

Uma das marcas prejudicadas no País foi a vodca Smirnoff. No balanço, a companhia diz que a bebida "foi afetada no Brasil pela desaceleração da economia". "No entanto, isso será compensado pelo forte desempenho nos outros países da América Latina", destaca o balanço.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.