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Cada brasileiro guarda 27 moedas

BC pede que os 'porquinhos' sejam esvaziados

Por BRASÍLIA
Atualização:

É provável que o leitor não se lembre delas, mas cada brasileiro possui, em média, 27 moedas guardadas ou esquecidas e, por isso, fora de circulação. Pesquisa inédita mostra que a cada quatro unidades produzidas desde 1994, uma deixou de ser usada no comércio. São 5,13 bilhões de moedas em cofrinhos ou perdidas no fundo de gavetas. De centavo em centavo, a soma chega a R$ 508,3 milhões. De olho no comércio que precisa de troco, o Banco Central apela para que porquinhos sejam esvaziados.

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"Os números são impressionantes", disse ontem o diretor de administração do BC, Altamir Lopes. Se o governo quisesse produzir as mais de 5 bilhões de moedas que deixaram de circular, teria de gastar R$ 1,1 bilhão. "Isso é significativo para o País e o custo é pago pela sociedade".

Um dos principais vilões do sumiço das moedas costuma estar em casa: o cofrinho. Aliás, eles nunca estiveram tão recheados. O dinheiro depositado atualmente neles daria para comprar mais de 20 mil carros populares ou 360 mil iPads 2.

"O cofrinho é um instrumento importantíssimo para a educação financeira, é uma das primeiras noções econômicas para passar aos filhos. Mas também é importante que os pais passem o dinheiro para o banco de tempos em tempos", sugere. "A moeda no cofrinho não rende nada. Se estiver na poupança, rende".

Apesar do apelo ao esvaziamento dos cofrinhos, o BC diz que os porquinhos brasileiros são tão gordinhos como os americanos: nos dois países, cerca de 5% das moedas produzidas todo ano saem de circulação e são guardadas pela população.

A pesquisa divulgada ontem mostrou também que, entre as várias cédulas brasileiras, as de R$ 2 são as mais deterioradas: cerca de 30% estão mal conservadas ou têm avarias, como riscos, furos, fitas adesivas e grampos.

Com as notas de R$ 5, o problema se repete e 22,4% estão inadequadas. Entre as cédulas de maior valor - de R$ 10 a R$ 100 - o porcentual de inadequadas é menor: 15%. Para melhorar a qualidade das notas em circulação, o diretor do BC pede aos comerciantes que troque ou deposite as cédulas nos bancos. / F.N.

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