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Cada empresa financia sua parte no grupo, frisa Shell

Por Wellington Bahnemann e SABRINA VALLE E MÔNICA CIARELLI
Atualização:

O diretor-presidente da Shell Brasil, André Araújo, negou qualquer acordo dos cinco participantes do consórcio vencedor do campo de Libra, para que uma empresa financie o programa de investimentos da outra. "Não há nenhum acordo. Cada empresa financia a sua parte do projeto", afirmou o executivo a jornalistas na tarde desta segunda-feira, 21, pouco depois do resultado do leilão do campo gigante de pré-sal brasileiro.O consórcio formado por Petrobras (40%), a anglo-holandesa Shell (20%), a francesa Total (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%) ganhou o direito de explorar Libra por 35 anos com a proposta de um óleo-lucro de 41,65%, o porcentual mínimo exigido pelo edital da concorrência. Araújo, que falou rapidamente com a imprensa, disse desconhecer a existência de um acordo com as empresas chinesas, o qual envolveria a realização de investimentos em troca de barris de petróleo. "Eu desconheço. Nós trabalhamos com a CNPC e com a CNOOC há bastante tempo. Somos parceiros deles na China e fora da China. Não há nada disso."O executivo também evitou detalhar o futuro da produção do campo de Libra. Segundo ele, o pico de produção será conhecido quando for definido o programa exploratório do campo, o que ocorrerá a partir de discussões dos sócios. Além disso, o consórcio usará, neste primeiro momento, as estimativas de reservas recuperáveis de Libra divulgadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)."Cada empresa dentro do consórcio deve ter avaliado a sua estimativa. O que eu posso dizer é que a ANP estimou entre 8 bilhões e 12 bilhões. Vamos ver qual é o resultado. Nós entendemos que esse é o número da ANP. Vamos trabalhar com a exploração mínima, e a exploração mínima vai definir a melhor área", declarou Araújo.

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