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Cade aprova fusão de produtores de suco Citrovita e Citrosuco

Por Leonardo Goy Villar
Atualização:

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade nesta quarta-feira a fusão das produtoras de suco de laranja Citrovita, do grupo Votorantim, e Citrosuco, do grupo Fisher, mediante algumas condições que constarão de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD). O Termo prevê duas medidas principais. O congelamento, por cinco anos, da expansão dos pomares próprios e o compromisso de repassar, por 10 anos, informações para os citricultores. O objetivo do Cade com essa troca de informações, segundo o advogado da Fisher, Fábio Beraldi, é "tornar as condições de comercialização mais equilibradas". "Todas as medidas são duras, mas foram aceitas", disse o advogado. Anunciada em maio de 2010, a operação já havia sido aprovada em maio desse ano pela União Europeia. A fusão vai criar a maior empresa global de suco de laranja, com vendas anuais de cerca de 1 bilhão de dólares e participação de 25 por cento no mercado mundial de suco. A Citrosuco (grupo Fisher) era a segunda maior exportadora de suco de laranja do mundo, e a Citrovita (Votorantim) a terceira. Com a aprovação da fusão, a nova companhia superará a Cutrale, tradicional líder nas exportações de suco de laranja do Brasil, o maior exportador global. Os dois grupos terão cada um 50 por cento na companhia após a fusão. Em maio de 2011, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), que faz parte do sistema antitruste brasileiro, já havia concluído que a união dos ativos de suco de laranja da Citrosuco e da Citrovita não gerava prejuízo à concorrência. O órgão argumentou que o poder da companhia resultante da fusão no mercado de laranja in natura é improvável devido ao grande número de produtores. Além disso, quase que toda a produção de suco de laranja é exportada. A votação do caso no Cade ocorreu no escuro, devido a uma queda de luz no prédio do órgão regulador, em Brasília. (Reportagem adicional de Roberto Samora)

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