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Cade restringe comercialização de garrafas da Ambev

Por Isabel Sobral
Atualização:

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou hoje que a Ambev restrinja a comercialização da garrafa de 630 ml de cerveja aos Estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, das marcas Skol (RJ) e Bohemia (RS). São nesses locais que a empresa introduziu o uso do vasilhame que sai do padrão de intercâmbio de garrafas, desde o final do ano passado. Há cerca de um mês a Secretaria de Direito Econômico (SDE) proibiu, por medida preventiva, o uso desses vasilhames, sob a argumentação de que eles não eram suficientemente diferentes do modelo padrão e isso causaria custos e confusão à concorrência no mercado de cervejas. A SDE atendeu às reclamações de empresas concorrentes, como a Kaiser, Petrópolis e Imperial. Mas agora o Cade entendeu que é possível permitir a utilização temporária dessas garrafas, desde que restritas aos dois Estados, até que haja a conclusão da investigação aberta pela SDE para verificar se há risco ou não à concorrência pelo uso desse tipo de garrafa. O Cade determinou ainda que a Ambev mantenha um sistema de troca dessas garrafas personalizadas com os concorrentes, arcando com o custo de separação dos vasilhames que por engano tenham chegado às outras cervejarias. Mas o custo do frete para levar as garrafas até a Ambev é de cada empresa. Caso a Ambev descumpra a determinação da troca ou da restrição da comercialização da garrafa, poderá pagar multa de R$ 50 mil por dia.

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