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Caem as vendas dos remédios de marca

Conforme as informações antecipadas pelo Finanças Pessoais, os medicamentos genéricos estão derrubando os de marca. Pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Farmácia do DF revelou que 151 remédios de marca tiveram queda nas vendas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os remédios de marca estão perdendo espaço para os genéricos. Ontem durante palestra da Campanha Nacional dos Medicamentos Genéricos, no Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), Antônio Barbosa, distribuiu a pesquisa que revela que 151 remédios, do grupo dos 300 mais vendidos do Brasil, tiveram queda de até 34,80% nas vendas. O estudo foi divulgado com exclusividade no Finanças Pessoais na quarta-feira da semana passada O principal motivo é o crescimento das vendas dos remédios genéricos, causada por uma mudança na relação entre médico e paciente. A queda mais significativa foi a do anti-inflamatório Cataflan, campeão de vendas, que registrou uma baixa de 22,14% em suas vendas. O estudo foi realizado de maio de 1999 até maio deste ano. O presidente do CRF-DF, Antônio Barbosa, acredita que os pacientes estão se conscientizado do valor do medicamento genérico que, além de possuir o mesmo princípio ativo dos remédios de marca, é mais barato. "A população está buscando alternativas mais baratas na hora de comprar remédios. Os médicos também passaram a receitar mais de três opções, o que tornou menos caro o tratamento dos pacientes", declarou. Barbosa diz que o consumidor que optar pelos medicamentos genéricos pode reduzir seus gastos em mais de 50%. Entre 151 medicamentos que apresentaram queda nas vendas, 95 têm similares (não atestados pelo governo como genéricos através de provas de bioequivalências ou farmacológicas) e 25 têm genéricos no mercado. Alta nos preços Os laboratórios resolveram aumentam os preços para combater o prejuízo pela queda nas vendas. A pesquisa mostra que entre janeiro e setembro de 2000, os 151 medicamentos que perderam espaço no mercado aumentaram os preços em até 47,80%. É o caso do analgésico Novalgina que perdeu 6,6% de suas vendas, mas subiu os preços em 18,41%. O anti-inflamatório Voltaren também teve quedas nas vendas de 9,80% e ficou 26,61% mais caro.

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