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Café sobe 2% com oferta restrita

Por Ana Conceição
Atualização:

As cotações do café robusta fecharam com alta forte na Bolsa de Londres, ontem, sustentadas por compras da indústria de torrefação e de especuladores. O contrato maio subiu 2,14%, para US$ 2.387 por tonelada, maior nível em dois anos e meio. O mercado londrino acompanha o forte desempenho do arábica na Bolsa de Nova York, que acumula ganho de quase 90% nos últimos 12 meses, de acordo com o banco Macquaire, citado pela agência Dow Jones. Em Londres, o mesmo vencimento registra ganho de 65% no período. De acordo com o banco, a apertada oferta de café sugere que os preços têm potencial para subir ainda mais. Essa percepção é corroborada pela diminuição sazonal da produção no Brasil neste ano e pelos baixos estoques, em especial nos Estados Unidos. Ambos são, respectivamente, o maior produtor e o maior consumidor mundial do grão. Enquanto isso, outros fornecedores importantes, como o México, enfrentam problemas. O país pode ter a menor colheita em quase 20 anos por causa do clima desfavorável. A safra escapou de geadas que atingiram as lavouras de milho no início deste mês, mas foram prejudicadas por chuvas fora de época e pelas baixas temperaturas. Com a maturação irregular e a predominância de cafezais antigos, a oferta local deve ser restrita neste ano. O México é o segundo maior produtor mundial de café arábica suave e lavado, depois da Colômbia.

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