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Cai influência do comércio exterior no PIB do 1º trimestre

Por Agencia Estado
Atualização:

O comércio exterior brasileiro teve influência menor sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, conforme dados divulgados esta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando para queda de 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior (quarto trimestre de 2002) e aumento de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2002. No ano passado o aumento de exportações e a queda nas importações evitaram que o PIB ficasse negativo. A taxa final foi "composta" por uma expansão de 2,8% no comércio exterior (com as exportações crescendo 12,9% em relação a 2001 e as importações caindo 9,5%) e o mercado interno registrando queda de 1,3%, resultando no saldo líquido de 1,5%. Pela metodologia do cálculo do PIB, é "bom" quando isso ocorre (aumento das exportações e queda nas importações), já que as exportações "somam" e as importações "diminuem" na soma total. No primeiro trimestre deste ano, porém, as importações registraram aumento de 4,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (o que é "ruim" para o PIB), enquanto as exportações registraram queda de 1,3% no mesmo período, o que também é "ruim" para o cálculo daquele indicador. O IBGE não faz o cálculo da influência proporcional do comércio exterior no PIB trimestral, limitando-se às contas anuais. O gerente de Contas Trimestrais do Instituto, Roberto Olinto, admitiu que se o comércio exterior tivesse mantido o mesmo movimento de 2002, os dados do primeiro trimestre de 2003 poderiam ser melhores. Sem alteração no panorama econômico Segundo Olinto, os resultados do PIB referentes ao primeiro trimestre de 2003 não alteraram de forma significativa o panorama econômico nacional. "O País está com taxas de crescimento muito baixas já há vários trimestres e esse quadro se manteve no primeiro trimestre", resumiu. O PIB acumulado em quatro trimestres - que para Olinto sinaliza melhor o movimento de mais longo prazo e que pode ser comparado mais facilmente aos indicadores anuais fechados (ano calendário) -, registra expansão de 2,2% até março, a melhor taxa desde o início de 2002. No início do ano passado esse indicador registrava taxa acumulada de 0,3%, caindo para 0,0% no acumulado em quatro trimestres até junho, subindo para 0,5% no acumulado até setembro e fechando o ano em 1,5%. Em 2001 o PIB anual registrou crescimento de 1,42%, enquanto em 2000 esse indicador registrou aumento de 4,36%, a melhor maior taxa nos oito anos de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No ano anterior, no início do Plano Real, o PIB brasileiro cresceu 5,85%, após os 4,92% de 1993.

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