PUBLICIDADE

Cai qualidade da telefonia celular, mostra Anatel

Por RENATO CRUZ E ANA PAULA LACERDA
Atualização:

O mercado de telefonia celular não para de crescer. No mês passado, a expansão foi de 22,75%, em relação a fevereiro de 2008, chegando a 152,3 milhões. Nem parece que há crise. Esse crescimento acelerado, porém, tem um outro lado: os consumidores estão cada vez mais insatisfeitos com a qualidade do serviço. Com chamadas que não são completadas, com ligações que caem quando se está falando, com a falta de sinal em vários lugares quando se mais precisa, e com avisos de recados de caixa postal que demoram a aparecer, entre outros problemas.E não é somente uma mudança de percepção, pois existem números que confirmam essa piora. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mede mensalmente um grupo de metas de qualidade. Os indicadores da agência mostram que em novembro houve um pico de metas não atendidas, e que esse números continuam altos, quando comparados a outros meses de 2008, no começo deste ano. Além disso, as reclamações por grupo de mil clientes aumentaram para a maioria das operadoras.Segundo Nelson Takayanagi, gerente-geral de Serviços Móveis da Anatel, a expansão acelerada e a instalação das redes de terceira geração (3G) explicam essa situação. ?As operadoras têm que sobreviver em um ambiente de crescimento rápido?, afirma Takayanagi, acrescentando que a piora nos indicadores leva a um aumento nas multas aplicadas pela agência.O gerente da Anatel afirma que a agência está atenta à situação, e que irá colocar em consulta pública, em breve, um novo plano geral de metas de qualidade, que irá refletir melhor a qualidade do serviço percebida pelo usuário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.