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Caixa faz mudanças em financiamentos

A Caixa está estudando novas regras de financiamento. As mudanças são: redução do valor dos depósitos e do tempo mínimo para resgate e premiações para adimplentes. Porém, nova lei ligada ao SFI faz aumentar o risco de o mutuário perder o imóvel.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal planeja fazer uma série de mudanças em seus financiamentos habitacionais. A instituição, que é a principal responsável pelo crédito imobiliário do País, vai mudar as regras do chamado Poupanção. O projeto de alteração no financiamento de imóveis está sendo analisado ao mesmo tempo em que a Caixa anuncia sua intenção de fazer contratos, em outubro, a partir do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). O SFI está ligado à lei de Afetação do Patrimônio, que determina, entre outras coisas, a perda do imóvel pelos mutuários que deixem de pagar três parcelas do empréstimo. O risco de perder o imóvel tem preocupado os mutuários porque o prazo dos contratos é, geralmente, muito longo, chegando a 20 anos. Acontecimentos como problemas graves de saúde ou perda do emprego poderiam prejudicar a renda do mutuário a ponto deste não poder pagar as prestações pelo curto período de três meses. A Caixa também admite a possibilidade de usar a alienação fiduciária para recuperar imóveis "em situação de inadimplência rápida". Novas regras do Poupanção As regras atuais determinam que, quem quer conseguir um financiamento pelo Poupanção, tem que depositar valores mensais equivalentes aos das prestações do financiamento a que se está candidatando. A novidade, que ainda está em estudo, é permitir depósitos mais baixos, já que a maioria dos mutuários paga aluguel e o depósito juntos. Há possibilidade também de se autorizar o uso do valor depositado antes do período de 24 meses fixado pela Caixa para que não haja resgates. Ao reduzir o limite de tempo de utilização da poupança, o dinheiro poderá desafogar o valor da prestação ou do saldo devedor. Também está sendo estudada a criação de um seguro adicional e uma premiação para eles. A prioridade, segundo a Caixa, é iniciar programas que têm mais apelo social, voltados para públicos de baixa renda.

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