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Caixa lança linha de crédito para população de baixa renda

Diferencial é pagamento parcelado mensal por meio de boletos bancários

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou nesta terça-feira uma nova linha de crédito voltada para a população de baixa renda. A expectativa é de atrair 1,5 milhão de pessoas para a nova linha, que faz parte do programa de microcrédito da instituição e tem como diferencial o pagamento parcelado mensal do empréstimo por meio de boletos bancários. Segundo a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, a utilização de carnês é muito importante para essa parcela da população, que acredita ser mais fácil, com os boletos, fazer uma programação financeira de suas contas. "Foi essa a nossa percepção depois de três anos trabalhando nesse segmento", comentou ela. A nova linha estará disponível apenas para os clientes da Caixa que mantêm contas simplificadas há mais de 90 dias e contra os quais não haja nenhum tipo de restrição cadastral. O banco tem hoje cerca de 4,5 milhões de contas desse tipo. Os empréstimos terão prazos de quatro a 12 meses, com taxas de juros de 2% ao mês, em valores que vão de R$ 200,00 a R$ 600,00. Com a linha aberta nesta terça, a Caixa soma quatro modalidades de microcrédito. O saldo atual de empréstimos desse tipo é de R$ 600 milhões. Desde abril de 2003, a Caixa já aplicou R$ 1,3 bilhão no programa. O vice-presidente de Crédito do banco oficial, Francisco Egídio, afirmou que, "como a Caixa é um banco comercial e também um banco social", trabalhar com esse tipo de crédito faz parte de sua estratégia. Segundo ele, o banco já cumpriu a exigência de destinação de 2% dos depósitos à vista aos financiamentos pelo microcrédito. De acordo com o relatório do Banco Central sobre crédito, divulgado nesta terça, no entanto, a maior parte dos bancos ainda descumpre a exigência. Em setembro, segundo o BC, os bancos deveriam ter direcionado R$ 1,66 bilhão ao microcrédito, mas somente R$ 996 milhões (59,9% do exigido) foram aplicados como determina a lei. O dinheiro que não é repassado ao microcrédito tem que ser recolhido ao BC e fica sem remuneração.

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