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Caixa lança Poupança Programada em março

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carazzai, confirmou ontem que a Poupança Programada para financiamento de imóveis será lançada em março, junto com o título de capitalização também para imóveis. A poupança será aberta para imóveis novos e usados até o limite de crédito da Caixa, isto é, unidades com valor até R$ 300 mil e financiamento até R$ 180 mil. Carazzai afirmou ainda que o prazo de depósito obrigatório para ter acesso à carta de crédito não está definido. O antigo produto do banco nesta linha, conhecido como Poupança Vinculada, ou Poupanção, requeria um prazo de 12 meses de depósito antes que o interessado obtivesse o financiamento. O produto também era voltado apenas para imóveis usados. Agora, a diretoria da Caixa pretende aumentar o prazo mínimo exigido. Carazzai citou exemplos da França, onde a poupança programada requer depósitos durante cinco anos, e da Alemanha, onde o período sobre para sete anos. "Ainda não fechamos a questão, mas com certeza o prazo será maior que um ano." Quanto ao título de capitalização, Carazzai disse que sua criação é relativamente rápida, porque o banco já possui pessoa jurídica adequada. Trata-se da Federal CAP, empresa associada à Caixa Seguros que seria responsável pela administração dos títulos. Segundo Carazzai, os produtos serão destinados à parcela da população que não tem pressa em adquirir seu imóvel. Para aqueles que possuem pouco tempo, o financiamento continuará sendo a melhor alternativa. Prodecar - A carta-garantia para empreendimentos imobiliários financiados pelo Programa de Demanda Caracterizada (Prodecar) poderá ser estendida até o término das obras de cada projeto. A proposta será encaminhada à diretoria da Caixa por Carazzai na próxima semana. "Minha tendência pessoal é prorrogar o prazo pelo tempo de duração das obras", afirmou Carazzai. O executivo sublinha, contudo, as resistências da diretoria do banco à proposta. "A prorrogação já foi rejeitada duas vezes", afirmou. Em agosto de 2001, os financiamentos imobiliários com recursos próprios para classe média foram suspensos pela CEF. A instituição comprometeu-se, porém, a honrar a análise dos empreendimentos protocolados até aquela data. Foram emitidas cartas-garantia, assegurando que os projetos seriam financiados pelo banco nas condições do Prodecar, que capta recursos da poupança: financiamento de até 25 anos, com taxas de 12% ao ano, mais variação da TR. Os projetos assegurados somavam cerca de R$ 600 milhões em crédito. Contudo, a crise econômica interna e externa, agravadas pelos atentados terroristas nos EUA em setembro, reduziram os negócios no segundo semestre. O resultado é que o banco liberou apenas R$ 150 milhões da quantia prevista. As cartas-garantia têm validade de seis meses e devem vencer no final de fevereiro. Os empresários pedem mais prazo, a fim de garantir a venda de suas unidades pelas condições do Prodecar. Caso não consigam, a CEF passará a financiar as unidades restantes com o programa do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cujas parcelas iniciais chegam a ser 40% mais caras que as do Prodecar. O temor dos empresários é que isso afugente os compradores, ou crie embaraços, como o de vizinhos de um mesmo condomínio com condições distintas de financiamento. Problemas burocráticos podem atrasar o lançamento do consórcio de imóveis da Caixa. Previsto para março, o produto só poderá ser comercializado se a Caixa criar uma nova empresa para administrá-lo. Isso contraria a intenção inicial da CEF de operar o consórcio como uma carteira segregada do banco.

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