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Caixa: menos recursos para habitação

Por Agencia Estado
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A Caixa Econômica Federal fecha o ano com recorde de financiamentos habitacionais do governo FHC. Até novembro foram feitos 325 mil contratos - 7% a mais que em igual período do ano passado. A expectativa era de que o volume continuasse a crescer em 2001, mas o desempenho não deve se repetir. A principal fonte de recursos para o setor, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - responsável pelo financiamento de 70% dos imóveis -, estará comprometida com o pagamento aos trabalhadores da correção dos expurgos inflacionários dos planos Verão e Collor 1. O sinal de que o conselho curador do FGTS vai retrair a verba para habitação foi sentido nos valores recebidos neste segundo semestre. A Caixa pleiteava R$ 1,5 bilhão, mas o montante total chegará, no máximo, a R$ 1 bilhão. Até novembro, foram liberados R$ 600 milhões e outros R$ 400 milhões serão entregues este mês. No ano todo, a verba deve totalizar R$ 2,9 bilhões, 40% a mais que em 1999. "Vamos tentar em 2001 pelo menos manter a média de financiamentos deste ano", diz o presidente da Caixa Econômica Federal, Emílio Carrazai. A outra fonte que forneceu verbas para a instituição foi o Tesouro Nacional. Para suprir o déficit da Caixa para o próximo ano, cogita-se que o Tesouro terá de fornecer quantia superior à que deu ao Banco do Brasil em março de 1996, que na época recebeu R$ 6,6 bilhões. Carrazai reconhece que será inevitável essa injeção de recursos por parte do Tesouro, mas não quis falar de valores.

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