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Caixa negocia com auditor tirar ressalva do balanço

Além de criar uma diretoria de Integridade, o banco público se movimenta para fazer o mesmo com as áreas de auditoria e corregedoria

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

A Caixa Econômica Federal negocia com a PwC a retirada da ressalva das suas demonstrações financeiras por conta de investigações da Polícia Federal envolvendo o banco público. Ainda assim, pode ser que a ponderação seja mantida no balanço do primeiro trimestre, que será divulgado amanhã, dia 24, e saia apenas no demonstrativo do segundo trimestre.

A ideia é centralizar o montante do PIS/Pasep, que hoje está nos bancos públicos, no caixa do Tesouro Nacional Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

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Para convencer a PwC a retirar a ressalva, a nova gestão da Caixa colocou em prática sugestões da consultoria para elevar os padrões de governança. Além de criar uma diretoria de Integridade, o banco público se movimenta para fazer o mesmo com as áreas de auditoria e corregedoria. As sugestões já haviam sido feitas pelo auditor à administração anterior do banco, mas ainda não tinham sido implementadas.

Até quando?

O banco negocia a retirada da ressalva com a justificativa de que as investigações em curso não geraram impacto contábil à instituição. Esperar o término das operações pode levar muito tempo, e a marca no balanço dificulta a Caixa a levantar recursos neste momento, principalmente no exterior. Como a nova gestão considera emitir até R$ 8 bilhões em letras financeiras, tradicional título de captação bancária, sem a ressalva, fica mais fácil. Além disso, a Caixa também tem planos de abrir o capital de quatro subsidiárias no Brasil e no exterior. 

Túnel do tempo

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A PwC incluiu uma opinião com ressalva no balanço da Caixa em 2017 por conta do envolvimento de administradores e ex-funcionários do banco em operações deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Na época, a instituição chegou a atrasar a divulgação de um balanço trimestral em que a auditoria se recusou a assiná-lo por conta das investigações. Procurado, o banco não comentou. A PwC Brasil informou que tem por política não comentar casos de clientes.

Cannabis

A Verdemed, farmacêutica canadense de medicamentos à base de canabinoides, adquiriu o laboratório Mydstein, em São Paulo, por US$ 1 milhão. Seus planos para o mercado brasileiro vão além. A meta é investir até o final do ano US$ 10 milhões para expandir a venda de medicamentos à base de cannabis (maconha medicinal) no País. 

Ao mar

A entrada em vigor do cadastro positivo, prevista para julho, deve impulsionar a oferta de empréstimos e, de quebra, também pode motivar mais ações na Justiça. O escritório Fortes & Prado, focado em direito do consumidor para o mercado de cruzeiros, projeta alta de 15% no volume de questionamentos em 2019 por conta do impacto do novo sistema, que deve trazer um público munido de crédito para viagens na costa brasileira.

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Reforço

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Com planos de desembarcar em São Paulo em 2020, a carioca Inove Investimentos, escritório de agentes autônomos conectada à XP com R$ 1,1 bilhão sob gestão, vai contratar de cinco a 10 profissionais de grandes bancos e abrir mais um escritório no Rio de Janeiro. O próximo é São Paulo, onde estão 20% dos recursos custodiados.

Aquecido

O setor imobiliário tem aumentado sua captação no mercado de capitais. A securitizadora Fortesec estrutura no momento 19 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Até maio de 2019, a empresa teve o dobro de operações ante o mesmo período do ano passado.

Unindo esforços

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A Universidade Paulista (Unip) e a Beneficência Portuguesa de São Paulo preparam em silêncio o ingresso conjunto na graduação de Medicina. Uma unidade física do grupo já teria sido escolhida para abrigar os novos alunos. O curso deve ser ministrado na unidade da Unip na Vila Clementino, em São Paulo, onde há um edifício atualmente subutilizado. 

Dividindo o risco

A soma de esforços para ofertar curso de Medicina é uma saída que as universidades têm encontrado para minimizar o risco envolvido. De custo elevado, as mensalidades de uma graduação na área em grupos privados chegam a R$ 9 mil. O Estado de São Paulo tem cerca de 40 universidades públicas e privadas que oferecem o curso.

Sonho antigo

A abertura de um curso de Medicina na Unip é um sonho antigo do reitor e fundador da universidade, João Carlos Di Gênio. Afinal, foi justamente a disciplina que uniu inicialmente os estudantes Di Gênio e Drauzio Varella, além dos médicos Roger Patti e Tadisi Itto, para fundar em 1965 o preparatório para vestibulandos de Medicina, instituição que foi posteriormente ampliada em outras frentes, criando um conglomerado de ensino. Ao menos desde 2007, a Unip possui autorização do Ministério da Educação para oferecer o curso. Procuradas, Unip e Beneficência Portuguesa não comentaram.

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