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Caixa pode firmar parceria com consórcios

Para tornar viável o lançamento do consórcio imobiliário que pretende lançar, a Caixa Econômica Federal pretende firmar parceria com consórcios. Agências poderiam ser usadas para comercializar cotas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal (CEF) pode firmar parceria com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac) para vender cotas do consórcio imobiliário que pretende lançar nos próximos meses. Para administrar o consórcio, a Caixa teria de criar uma empresa com essa finalidade, o que atrasaria ainda mais o lançamento do programa, previsto, inicialmente, para entrar em atividade em março. De acordo com o presidente da CEF, Emílio Carazzai, a parceria está em estudo e ainda não há nenhuma medida definida. "Estamos tratando do assunto com seriedade, avaliando como nossa participação seria vantajosa", disse. Uma das possibilidades seria a utilização da vasta rede de agências do banco para fazer a comercialização das cotas, contando com a credibilidade da Caixa. Os grupos também poderiam ser formados por pessoas de diferentes lugares. Mas ainda não se sabe se a parceria seria exclusivamente com as maiores administradoras do setor. O segmento de imóveis foi a "coqueluche" do sistema de consórcios em 2001, segundo a presidente da Abac, Consuelo Amorin. Desde que a Caixa anunciou no ano passado que lançaria um programa próprio, surgiram várias especulações no mercado, como a de que o banco afetaria negativamente o desempenho das administradoras ao utilizar uma taxa de administração de 15%, contra os 20% dos contratos atuais. "Nunca vimos a Caixa como uma concorrente", afirma a presidente da Abac. Atualmente, 77 administradoras de consórcio de todo o País atuam no segmento, que teve crescimento de 200% nos últimos seis anos e tem cerca de 95 mil participantes ativos. Dois novos programas de financiamento devem ser lançados ainda em março pela Caixa - a poupança programada e o título de capitalização. Segundo Carazzai, a poupança será usada tanto para a aquisição de imóveis novos quanto para usados, com valor de até R$ 300 mil e parcelamento em até 180 meses. No entanto, ele disse que ainda não foi definido o prazo de depósito para ter acesso à carta de crédito. No antigo Poupanção, para obter o financiamento o mutuário tinha de iniciar os depósitos 12 meses antes. "Esse prazo deve ser maior", adiantou Carazzai. O financiamento lançado operacionalmente há um mês pelo banco utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ainda não teve um bom resultado. De acordo com o presidente da Caixa, o nível de rejeição das propostas está sendo bem maior que o registrado no programa anterior, que chegava a 20%. O sistema atual tem prazos menores de financiamento, o que leva a mensalidades maiores. Nesse caso, o banco exige maior comprometimento de renda do interessado.

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